FREEPORT em exibição num governo perto de si
O filme continua a correr.
Irregularidades comprovadas, decisões governamentais no mínimo pouco éticas e uma nebulosa de milhões, offshores e falhas de memória.
Ficamos a aguardar o evoluir das averiguações, mas o tempo teima teimosamente em ocupar lugar de grande destaque nos processos da justiça em Portugal.
E politicamente?
Quais os efeitos sobre o cidadão comum?
Por muito politicamente incorrecto que seja, acredito que a opinião pública esteja dividida em 3 grandes grupos:
1º - Os que já tinham uma opinião favorável de J. Sócrates e não precisam de averiguações para nada para concluir que se trata de uma cabala!
2º- Os que odeiam J. Sócrates e já o vêm com os 4 milhões no bolso a caçar no Quénia!
3º- Uma maioria que age instintivamente perante os indícios e não percebe como é possível que J. Sócrates continue a governar.
Em termos eleitorais, em que se traduz esta condenação por parte da maioria?
Em nada, porque metade dessa maioria não irá votar e a outra metade votará naquele que ele acredita que lhe possa garantir a sua própria sobrevivência económica!
1 comentário:
"Em termos eleitorais, em que se traduz esta condenação por parte da maioria?".
Para o eleitor, qual é a alternativa de poder?
O mesmo sistema parlamentar "recauchutado", com uma impotente abrangência de sociais democratas?
(Para memória futura, Manuel Alegre, socialista? Mas ele afirma-se defensor do programa actual do PS - está apenas em divergência com Sócrates).
Enfim, que poder?
Não noto, nenhuma diferença programática entre as actuais forças de esquerda.
Ou se cria essa diferença, ou a maioria vai votar "no mal menor".
Serafim Lobato
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