30/04/08

O verdadeiro sofredor

Como te compreendo!
É uma dor de cabeça ouvir o relato do Benfica.

Retalhistas de combustíveis assaltam condutores


Neste 1º de Maio o capital não esqueceu os trabalhadores e presenteou-o com

14º AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS EM 4 MESES DE 2008

É COMPREENSÍVEL, ACEITÁVEL E PATRIÓTICO, ATÉ PORQUE:

Os preços do petróleo seguiam a desvalorizar mais de 1,5% em Nova Iorque

Mayday...Mayday...Mayday

1º de Maio - os mártires de Chicago


O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.

Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.

29/04/08

Indios e blindados

Longe vão os tempos de comemorações da assinatura do decreto de homologação da terra Raposa Serra do Sol, que após 30 anos de luta garantiu o direito territorial aos índios macuxi, wapichana, ingarik, taurepang e patomona.

O agronegócio, em expansão, bem como as actividades garimpeiras, desrespeitam as demarcações territoriais.

Os rizicultores usurparam terras da reserva. Embora sendo poucos, utilizam tácticas terroristas para resistir à Polícia Federal. Queimam casas, destroem pontes e escolas, bloqueiam estradas, valem-se de pistoleiros venezuelanos e de Manaus nos seus processos de intimidação.

Raposa Serra do Sol, pertence ao Estado brasileiro de Roraima.
As tribos mais aguerridas e esclarecidas saem da abulia para o confronto armado com invasores, ou aliam-se a estes em associações de comércio ilegal.

John Wayne e Clint Eastwood, teriam aqui o cenário real para o seu duelo ao sol


28/04/08

O pudor de falar em Democracia


O Público fez o levantamento das palavras mais utilizadas por Cavaco Silva desde que tomou posse.


Em 197 dessas palavras, Democracia aparece num modestíssimo 118º.


O Presidente da República utilizou mais a palavra Índia do que Democracia e da sua boca, a palavra passado, saiu muitíssimas mais vezes...


Como as palavras que mais utilizou foram Portugal, Portuguesa e País, compreende-se melhor a razão pela qual Cardoso Jardim não o autorizou que fosse botar palavra na Assembleia Legislativa da Madeira!


Alguém duvida que vai ser reeleito?

Polvo de vinagrete para todos os cubanos, já!

"Um homem do povo e para o povo" (se faltar aqui alguma letra, queiram alertar a nossa redacção)

este é a propaganda arrebatante retirada de







Subscreva já este movimento que pode levar Cardoso Jardim a 1º Ministro e assim:


- deixe assim bem claro que não está satisfeito com o seu actual emprego


- admita a mudança da sede do governo para Cuba (Alentejo)


- concorde com a necessidade de imposição de regras de hospital de tratamento psiquiátrico na Assembleia da República


- reclassifique a Madeira com o estatuto de Ilha Adjacente


- na Festa Anual do Chão do Terreiro do Paço, empanturre-se com espetadas de castanhas e meta a sua felicidade dentro de um copo de jeropiga






27/04/08

Corrupção em cenário idílico



Este trópico incrível é também o local do politicamente incrível.
Nas eleições para o Sindicato dos Rodoviários de Itabuna, Pé de Rato, candidato a Presidente pela oposição, divulgou uma notificação da justiça à direcção ainda em exercício, sobre a impugnação das eleições em Valença (estado da Bahia):
- Nessa urna, onde não deveria ter mais de 74 votos, foram contabilizados 453, todos na actual direcção!!!
Pé de Rato a presidente, já!

25/04/08

Um guia para a liberdade


Corria o ano de 2006 na velha Boipeba, pequeno povoado escondido na mata atlântica, de uma ilha da costa brasileira.

Chovia.

Um grupo de jovens ligava para o paraíso, através de umas latas de fresquinhas "Skol".

Como a chamada estava interrompida, eles insistiam...

Estavam nesta moleza bahiana, quando, um charco de água mal colocado, lhes dá um banho de lama pela acção de um dos tratores existentes na ilha.

Boipeba não tem automóveis, nem motociclos, apenas um monopólio de tratores está autorizado a transportar carga e passageiros. Qualquer veleidade para um nativo exibir o seu braço esquerdo à janela de uma máquina motorizada, ao longo dos 95 metros da rua principal de Boipeba, seria objecto da tropical atenção dos dois únicos policiais.


Mas, entretanto a lama chegou ao seu destino.

A lama, numa repentina aliança com a cerveja, exaltou ânimos entre jovens e tratorista-empresário.

Ameaças de atropelamentos selectivos e referências às delicadas mamães dos intervenientes encheram a rua.

Mas o calor dos trópicos sempre interrompe o infindável.

Algumas cervejas mais tarde, os nossos abnegados consumidores entenderam pôr em prática o plano que há muito era discutido pela população - proibir a circulação de tratores no interior da vila.

E este incidente apenas seria a mola de arranque.
Preservava-se a genuidade da terra e estimulava-se o surgimento de novas actividades. As bagagens dos turistas passavam a ser transportadas em carrinhos de mão desde o cais até às pousadas de alojamento, novos guias orientavam os turistas para o local de partida dos tratores ( fora da vila) para circularem pela ilha e reactvar-se-ia a circulação de carroças puxadas por burros para transportar materiais de construção para o interior da vila.
Mais emprego surgiria.
Mas, nem tudo são jagarandás n Velha Boipeba.
Historicamente óbvio, o detentor do monopólio de tratores e o Prefeito, eram unha com carne, e a tentativa de legalizar a tentativa estava aparentemente condenada.
A solução passou pela imaginação e pelo poder popular.
Encabeçada pelo nosso grupo de jovens, um estranho desfile foi organizado e percorreu as ruas da Velha Boipeba. Desde o tempo dos colonizadores portugueses, contracenando com os índios, que não era visto um cenário tão carnavalesco.
Os desenhos mais elaborados, cujo tema central era o trator, a lama, o monopólio, a relação poder económico-poder político, eram transportados por hóme, mulhé e minino.
A força do ridículo saiu à rua e aliou-se à razão.
Como o circuito era curto, estacionaram na velha praça, que até tem campo de bola.
E o Prefeito, porque é perfeito, obviamente surgiu, vindo de longe.
"Estou vindo agora mesmo de Cairu, para vos dizer que vocês, povo, tiveram a ideia que eu há muito tinha na cabeça. Vamos todos fechar já o trânsito de tratores por esta linda terra e não tem mais mas, nem porquês."
Falou!
Um dos mais activos jovens participantes desta vitória popular, guiava-me agora, 2 anos mai tarde, por uma longa e tórrida trilha, deixando a Velha Boipeaba para trás.
O entusiasmo que ele pôs na narração desta história, aqui encurtada, e a esperança que ele deposita em novas conquistas para os seus conterrâneos, levou-me a olhar para trás, mas a Velha Boipeba ainda lá estava...

17/04/08

Terra abençoada



Isto sim, são verdadeiros direitos para todos.

Também existem outros direitos, tais como

ser alarvemente rico (poucos)

ser tropicalmente pobre (a maioria)

Uns, querem mudar - os pobres e outros querem continuar assim - os ricos e os bêbados.

15/04/08

JEFFERSON, MEU CHEFE


" 6 Reais até ao fim da Vila, não paga o ar condicionado"
Foi assim que o Jefferson surgiu nas férias do Cajado.
Jefferson, 15 anos, traduziu seu cartão de visita:
- tinha a mãe em Salvador, era proprietário do seu Bitáxi (máquina de 4 lugares, incluindo o condutor e o cliente pedalante-auxiliar) e tinha nome de Presidente americano.
No dia seguinte, vimos o taxi de Jefferson estacionado no centro da Vila.
A busca do proprietário envolveu 2 moleques e mais alguém que disse ir chamar seu filho(...).
Cinco minutos mais tarde o "Presidente" apareceu.
E a "bandeirada" começou.
Homem vai atrás para ajudar nos troços mais difíceis.
Mulher, mais fraca, vai na frente (talvez para, na eventualidade de embate frontal, preservar o passageiro mais útil...o que pedala!
A viagem de cerca de 1 km(ida e volta à pousada) "virou" propaganda de "Presidente com sondagens em alta":
- o cliente-pedalante que usufruisse de conduzir uma máquina daquelas, que ele, Jefferson, até nem precisava ajudar, precisava não...
- que era professor de percussão, no Projecto Criança-cidadã, Fome Zero, a qual beneficiava os meninos carenciados da Vila
- que estava negociando um rádio walkie-talk, para montar em seu Bitaxi.
No curto trajecto, vários amigos o saudaram:
- como vai, meu chefe
-logo te espero, meu chefe
-tudo bem, meu chefe.
E a explicação:
- todos me chamam de "meu chefe", porque é assim que eu trato quem não conheço!
"Meu chefe, me abra portão, tenho clientes da Pousada, com urgência..."
E o Bitaxi passou pelo segurança, com um portuga ofegante a pedalar...
Quase no final, "meu chefe" confidencia que foi um português que lhe deu o veículo e que português é um cara muito bom ( o recado começava a ser passado)
Fim da bandeirada!
Quanto é "meu chefe"?
-12.5 reais, acha bem? (100 reais é quanto custa uma carrinha-taxi nova de 5 lugares, nos 80 km desde o aeroporto)
- ......(sorrisos)
-mais 12.5 reais de volta!
- ...... (sorrisos amarelos)
- não paga o tempo de espera na Pousada, não!(5 minutos)
- ...... (alívio)
Jefferson, meu chefe, tenho peena de não poder alimentar todos os seus sonhos e em cada dia de estadia usufruir do seu Bitaxi!
Generoso é você, meu chefe, que todos os dias alivia turista portuga do "stress do Velho Mundo" e não regateia sonho de criança ainda mais pobre, com aulas de percussão!
Eu te saúdo, Jefferson, meu chefe"

FURIA DÔ CÁJADINHO



8000 km de A-130, 80 km de Doblô e 1200 m de Bitaxi - surge o Novo Mundo

11/04/08

ATÉ BREVE

...e cuidado ao pisarem as pedras da calçada!

Salve o Almirante Negro, que tem por monumento, as pedras pisadas dos cais

A Revolta da Chibata (Brasil 1910)
O recrutamento militar – Desde o período colonial, o recrutamento de soldados e marinheiros era feito de maneira particularmente violenta. Para começar, o recrutamento era forçado, arbitrário e recaía sobre pessoas de origem humilde, que não tinham como se defender. Os que dispunham de alguma fortuna compravam a sua isenção do serviço militar. Além disso, os homens recrutados eram sub­metidos a constantes violências, que incluíam desde uma péssima alimentação até castigos corporais.

A rebelião – A Revolta da Chibata ocorreu na Marinha. Em comparação com o Exército, a Marinha era tradicionalmente elitizada, e a distância entre oficiais e marinheiros era muito maior do que a existente entre postos análogos no Exército. Desde meados do século XIX, o tratamento humilhante e violento na Marinha vinha sendo questionado sem nenhum resultado concreto. Com o advento da República, aquela forma de tratamento que vinha do Império era insustentável. Contudo, foi necessária uma rebelião ameaçadora dos marinheiros para que a Marinha adoptasse medidas disciplinares me­nos brutais.

A rebelião ocorreu em 1910. Nesse ano, o marinheiro Marcelino Rodrigues Meneses, que servia no Minas Gerais, fora condena­do a 250 chibatadas. Seus companheiros - obrigados, como de costume, a assistir ao castigo - não se contiveram e, na noite de 22 de novembro, revoltaram-se. Os outros três navios (São Paulo, Bahia e Deodoro) estacionados na Guanabara aderiram. O líder da revolta foi o marinheiro João Cândido.

Embora tenha sido precipitada pelo castigo de Meneses, a revolta já vinha sendo preparada havia muito tempo. Assim, os rebeldes estavam razoavelmente organizados, o que lhes permitiu dominar com rapidez os quatro navios. O co­mandante do Minas Gerais, Batista Neves, foi morto, juntamente com outros oficiais. Também houve mortes do lado dos marinheiros.

A repressão – O objetivo da revolta era simples, conforme declarou o cabo Gregório do Nascimento, que assumiu o comando do navio São Paulo: conseguir o fim do castigo corporal e melhorar a alimentação.
João Cândido enviou pelo rádio uma mensagem, ameaçando bombardear a cidade e os navios que não haviam aderido à revolta, caso suas reivindicações não fossem imediatamente atendidas.
O governo brasileiro estava sem alternativas, pois os canhões estavam apontados para a cidade. As­sim, foi proposto e aprovado um projecto que atendia aos marinheiros e lhes concedia amnistia. Com isso, os revoltosos depuseram as armas e submeteram-se às autoridades.

Porém as concessões do governo ficaram no papel. Os novos comandantes nomeados para os navios revoltados ordenaram a prisão de João Cândido e dos seus companheiros, muitos dos quais morreram numa masmorra na ilha das Cobras. Desse modo, os oficiais e o governo vingaram-se dos marinheiros que ousaram revoltar-se. João Cândido, no entanto, conseguiu sobreviver a todas as atrocidades, sendo enfim absolvido em julgamento realizado em 1912. Conhecido como Almirante Negro, João Cândido faleceu em 1969.

O marinheiro João Cândido, conhecido pelo Almirante Negro, escoltado para a prisão.

Não deixe de ouvir a canção "A revolta da chibata" (post acima)

Estamos em período de nojo

Em Portugal, o "período de nojo" para um ex-ministro transferir-se para uma empresa de um sector que tenha tutelado, é de 3 anos.

Há quem considere exagerado e cite o facto que na maioria dos países da OCDE, esse período é de 1 ano.
Pois é, mas a lei em questão deve ser feita de acordo com o comportamento de nojo dos políticos de cada país.

O Governo como maior patrão dos precários é outro comportamento de nojo. - são 117 mil!

Pudera, se até a 1ª dama do Brasil tem nojo...




Se convém politicamente...

Mensagem de Salazar ao Governador de Goa (Dezembro de 1961):

"Não prevejo possibilidades de tréguas nem prisioneiros, como não haverá navios rendidos, pois sinto que apenas pode haver soldados ou marinheiros vitoriosos ou mortos. O ataque que está a ser desferido contra Goa deve pretender pela sua extrema violência reduzir ao mínimo a duração da luta. Convém politicamente que esta se mantenha ao menos oito dias, período necessário para Governo mobilizar em último recurso as instâncias internacionais.

Salazar exigia que os militares de Goa lutassem 8 dias antes de morrerem. porque convinha politicamente!






47 anos depois, em Democracia, convém politicamente:

- retirar aos militares o direito de defenderem a sua dignidade!





Ainda se ouve o cavitar da hélice

Ontem, na aproximação do N/M S. Gabriel à Praia da Vitória







10/04/08

Escrever enquanto não for ilegal


Contrariando a tendência generalizada de outros países membros da C.E., o Governo Português prepara-se para apresentar uma proposta de lei à Assembleia da República, de reformulação do Regulamento de Disciplina Militar, a qual, para além de uma compreensível actualização deste Regulamento, pretende, por outro lado, satisfazer a atitude securitária e repressiva deste Governo, nomeadamente ao retirar aos militares fora da efectividade de serviço, determinados direitos cívicos já consagrados na lei.

Esta proposta do governo PS, remete, por exemplo, os Reformados para o cumprimento de 8 dos 13 Deveres Militares, calando aqueles que com inquietante regularidade, têm vindo a ser fustigados nos seus direitos, concretamente na área que mais os castiga - a saúde.

Mas o caricato, também abrilhanta esta proposta de lei, potenciando situações ridículas.
O deputado do PS, Marques Júnior, militar reformado, como membro da Comissão Parlamentar de Defesa questiona o Ministro da tutela.
Logo, será punido, por, além de infringir o Dever Militar de Isenção Política, também não cumpre o Dever de Lealdade que o proibe de "manifestar de viva voz ideias contrárias à Constituição ou ofensivas dos órgãos de soberania e respectivos titulares, das instituições militares e dos militares em geral ou por qualquer modo, prejudiciais à boa execução do serviço ou à disciplina das Forças Armadas".

Mas, por outro lado, não está abrangido pelo Dever de Obediência, "cumprir, como lhe for determinado, a punição imposta por superior".

Portanto, com esta proposta de lei, seria punido, mas não cumpria a punição!

09/04/08

Dirigente xenófobo critica Ministério Público por não intervir contra atitude racista de Cardoso Jardim


Até hoje o Cajado nada tinha em comum com Mário Machado, o dirigente nazi da Frente Nacional. Até quando diz que tem orgulho em ser branco, estamos em desacordo - prefiro o tinto.

Agora que está na barra do tribunal, acusado de vários crimes de ódio com recurso à violência, diz que não se considera racista, mas sim racialista. Para o provar afirma que «conhece negros que são melhores pessoas e mais inteligentes do que brancos».
Como o Cajado conhece brancos que são melhores pessoas e mais inteligentes do que negros, poderemos concluir que brancos e negros são estúpidos, quando dizem coisas cretinas!

Mas, no meio dos seus delírios, consegue arranjar argumentos para os quais não temos resposta:
- Criticou a dualidade de critérios do Ministério Público quando as afirmações polémicas são feitas por outros quadrantes políticos. Para tal deu como exemplo o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, que publicamente afirmou que não queria chineses e indianos na Madeira, uma posição que este arguido sublinhou não ter suscitado qualquer intervenção por parte do Ministério Público.

Na verdade o Cajado sabe da existência de milhões de chineses e indianos que são melhores pessoas do que Cardoso Jardim e têm piores relações com o seu Ministério Público...

08/04/08

Assembleias abertas e Assembleias "com capacete"













As Autonomias das Regiões Autónomas foram, sem sombra de dúvida, das conquistas mais bem conseguidas do "25 de Abril".
Como expressão mais representativa dessas autonomias,
podemos apontar as respectivas Assembleias Legislativas. A comprová-lo, o estoicismo com que têm resistido aos maus tratos de alguns.

Contudo, apresentam-se, significativamente bem diferentes, aos internautas que as pretendem visitar e consultar.

A A.L.R. dos Açores, apresenta-se bem estruturada, mas, fundamentalmente, transparente a quem quiser consultar o essencial da base de dados de uma instituição com estas características, nomeadamente, Requerimentos, Petições, Intervenç
ões em Plenário, etc.

A A.L.R. da Madeira, pelo contrário, apresenta-se como um cofre-forte onde esconde a actividade essencial dos deputados, mas, em compensação, revela-nos as facetas mais curiosas dos seus membros. As fotos da visita do seu Presidente a Berlim (reunião da CALRE) , incluídas, entre muitas, no respectivo site, são de rara beleza arquitectónica...



Mão fiel



Abandonada pelo namorado?

Não totalmente...

Pelo menos a mãozinha dele ainda não a abandonou!

Informação ao consumidor

Este produto alimentar pode provocar o descoloramento da zona abdominal!

Ministro procura economia robusta - assunto sério


Relatório da OCDE sobre Portugal:
O nível de vida baixou nos últimos anos em relação à média da OCDE, com a dilatação do fosso do PIB por habitante reflectindo, essencialmente, baixa produtividade

Em entrevista ao "Financial Times":
Teixeira dos Santos sublinha a "robustez" adquirida pela economia nacional nos últimos anos.

07/04/08

Vem aí uma baixa de temperatura


PREPAREM-SE!

Mais vale fazer entrevista à camisola


Estranha epidemia afecta os jogadores de futebol, a avaliar pelas entrevistas após os jogos:

Pergunta: - Acha que a arbitragem teve forte influência no resultado?
Resposta: - Trabalhámos bem, foi um jogo difícil e vamos continuar a trabalhar durante a semana.

Pergunta: - Gosta de jogar com outro ponta de lança, ou prefere o sistema 5x3x2x1x2x8?
Resposta: - Trabalhámos bem, foi um jogo difícil e vamos continuar a trabalhar durante a semana.

Pergunta: - Tem convites para, na próxima época, jogar no estrangeiro?
Resposta: - Trabalhámos bem, foi um jogo difícil e vamos continuar a trabalhar durante a semana.

Nenhuma ponte escapa a Ferreira do Amaral


Bruxelas: Sampaio defende a construção de pontes entre comunidades




O Cajado considera urgente acalmar o Eng Ferreira do Amaral, o qual já tinha mandado efectuar um estudo para calcular a indemnização a exigir ao Estado por óbvios prejuízos para a Lusoponte.

Quem fala assim não é "Fedorento"




Ricardo Araújo Pereira n'A Cabra - Jornal Universitário de Coimbra

O Natal dos hospitais é o topo da carreira de qualquer artista



O seu livro tem estado na lista dos mais vendidos nas principais livrarias do País. A que se deve este sucesso? Deve–se ao facto de os portugueses alinharem em tudo o que é porcaria. Compram qualquer coisa, até o meu livro. No entanto, o livro não tem só defeitos, por exemplo o papel é muito absorvente, é macio e, portanto, tem várias utilidades.

Algumas editoras falaram comigo para editar as crónicas que publico na Visão por uma razão editorial e artisticamente muito forte, que é: em princípio ia dar dinheiro.

Os americanos têm muito a tradição de abater os seus próprios presidentes

É preciso dizer que sou o pior jornalista do mundo. Devia haver um diploma para isso. Na altura em que estive na TVI obtive esse título porque não fazia nada de especial, era um estagiário. Mesmo as coisas pequenas que me mandavam fazer, eu não conseguia fazê–las dignamente. Uma das minhas especialidades era voltar para a redacção sem ter recolhido o nome da pessoa com quem tinha falado, o que é bizarro porque depois vê–se uma pessoa a falar e não está, em baixo, escrito o nome dessa pessoa.
O que aconteceu foi que eu fiz isso várias vezes e a partir de certa altura já era ridículo chegar à redacção sem os nomes. Uma vez fui entrevistar um grupo de alentejanos que se manifestou em Lisboa, na Avenida da Liberdade, falei com seis ou sete e não recolhi o nome de nenhum. Quando cheguei à redacção perguntaram–me:
“Desta vez recolheste os nomes?”, e eu: “claro que sim”, então inventei nomes de alentejanos para toda a gente, “Joaquim Carrapiço”, “Manuel Pica” e pronto.

O amigo Fernando Alvim caracteriza-o como “um palerma, é assim que ele gosta de se definir. Mas é um palerma com estilo”.

06/04/08

Saída pela porta do curral


PCP, BE e PND - "organizações fascistas"

Assim foi relatado pelo DN-Madeira.

Proferido por Cardoso Jardim, esse mesmo, o tal sobrinho, o tal jornalista, o tal admirador de Marcelo Caetano, o tal que defendia uma «juventude mesclada no sangue e lágrimas» para não perder o «Ultramar», o tal bajulador do fascismo ...

Que nojo!!!!!!!!!!

05/04/08

A crise não anda de autoestrada

O Tribunal de Contas voltou a atacar, desta vez através de Auditoria à gestão das Parcerias Público Privadas, neste caso às concessões rodoviárias.
E as conclusões vertidas no Relatório, não são brilhantes e caso o Tribunal de Contas não estivesse coibido de ilações políticas, facilmente poria em causa a opção do Estado Português em recorrer ao sector privado, como única forma de desenvolver novos projectos de autoestradas.
É uma legítima decisão política, tem é de ser séria.

Multas? O Estado é nosso amigo...
"Até à data não foram efectivadas multas por incumprimento contratual, estando posta em risco a posição negocial do Estado"

Mesmo que houvesse multas, o crime compensava
"Os montantes de penalização, em vigor, não são considerados desincentivadores da quebra de compromissos contratuais"

Assim não vale a pena fazer contratos sérios
"Os contratos de concessões SCUT prevêem a aplicação de penalidades ou prémios, em função do desempenho de cada Concessionária no que diz respeito à sinistralidade. A EP não exerceu até finais de 2006 controlo sobre os dados de sinistralidade verificados, nas várias concessões."

O apregoado rigor por vezes vai de férias
"A existência de uma contratação em Parcerias Público Privadas com efeitos financeiros e outros, em grande parte, indeterminados."

Um exemplo entre tantos, de decisões precipitadas, ditadas por razões políticas e que vão traduzir-se em milhões de euros de prejuízo para o Estado e lucro para a concessionária, com argumentos de Reequilíbrio Financeiro (REF):


e assim se lucra com decisões e respectivas revogações!



04/04/08

Metelo na escola e tirá-lo de S. Bento

António Perez Metelo, redactor principal do DN:

Um relatório do Eurostat constata que, entre 2001 e 2006, Portugal apresenta o 4.º maior crescimento em recursos humanos entre 45 e 64 anos, na área da ciência e tecnologia.

Então vamos lá ver esse relatório da Eurostat, que leva A. P. Metelo a concluir que «o país está a mexer... mesmo!»

Efectivamente, Portugal (PT) aparece em 4º lugar, reltivamente às Taxas de crescimento anual médias (entre 2001 e 2006) dos Recursos Humanos Seniores (de 45 a 64 anos) em Ciência e Tecnologia.
Mas...
Este quadro também relega Portugal para o último lugar na percentagem de Recursos Humanos Seniores (de 45 a 64 anos) em Ciência e Tecnologia (RHST) no conjunto da população activa da mesma idade.
A.P. Metelo também leu neste relatório o seguinte:
- Portugal demarca-se notoriamente com uma proporção de RHST de apenas 17% no conjunto total da população activa no escalão etário de 45 a 64 anos

Leu, mas esqueceu-se de partilhar connosco...

03/04/08

Os Portugueses e o CHE



Este blog não tem intuitos moralistas e o seu autor não tem baias sociais ou políticas, que o limitem na expressão do seu pensamento, para além do que é ditado pelo que ele próprio considera o senso comum.

Identificando-se com os chamados princípios de esquerda, rejeita, contudo, quaisquer dogmas intocáveis e posiciona-se numa permanente tentação de desmascarar os sofismas políticos e sociais desta feira global.

É assim que parto para criticar uma incoerente reflexão de uma das figuras da História próxima, pela qual nutro uma enorme admiração - Ernesto Guevara, que amigos e inimigos consagraram como CHE.

Situemo-nos nos bairros miseráveis de Caracas, no ano de 1952 e deixemos falar o jovem Ernesto, através do seu diário:
«Aproximo-me de uma barraca, a mãe de cabelos crespos e seios caídos, cozinha, ajudada por uma negrinha de 15 anos. Peço-lhes que posem para uma fotografia, mas recusam categoricamente, dizendo não deixar que lhes roubem a alma...».
Ernesto insiste - nova recusa -, sem dúvida demasiado seguro da sua boa consciência para se dar conta de que é visto como um estranho, um branco, membro da mesma corja dos malditos portugueses, emigrantes pobres que foram lá parar, que escorraçam os negros cada vez para mais longe.
O fotógrafo vira então a máquina para um garoto de bicicleta que se assusta perante a objectiva e cai, desatando num berreiro. Catástrofe.
«Todos saem a correr para me insultar...». Chamam-lhe, suprema injúria, PORTUGUÊS!

O nosso frustrado fotógrafo, dispara do alto do entusiasmo da sua juventude, numa base bastante incoerente e lamentável:
«Os negros, esses magníficos exemplares da raça africana. que conservaram a sua pureza graça à sua aversão pelo banho, viram o seu território invadido por um novo tipo de escravos - os PORTUGUESES...»

Imaginemos o caminho percorrido, por este fotógrafo de ocasião, quando, dez anos depois, o mesmo Che, transfigurado, pretenderá editar em Cuba, Frantz Fanon, apóstolo radical da negritude revolucionária, antes de ir, ele próprio, combater pelos direitos da África negra!

Podíamos preencher este blog com páginas de exemplos de emigrantes portugueses, que deixaram na Venezuela um significativo e sacrificado contributo, para o engrandecimento daquela nação. Nem a sofreguidão ambiciosa de uma minoria, poderá ensombrar esta realidade. A de que, embora desenvolvendo um trabalho de "livre escravatura", os portugueses não seriam merecedores do desprezo dos outros excluídos de Caracas, nem apontados como a origem da degradação social dos negros. O jovem Ernesto já poderia deduzir que o mal de uns escravos não estava nos outros escravos...


Citemos alguns pequenos exemplos, recolhidos do "Correio da Venezuela", na sua edição do último dia de 1969:

Com os seus 90 anos, a vida de Luísa Rodrigues Pestana Pereira é uma história cheia de tristezas, alegrias e de maravilhosos momentos que a tornaram uma mulher inteiramente feliz.
"A rainha da Holanda queria os portugueses porque eram bons braços para o trabalho", afirma Luísa Rodrigues.

Maria Lídia Camacho Fernandes Camões, 96 anos.

...Tirava férias a cada três ou quatro anos

Fez uma sociedade para criar e vender frangos, situada em Tinaquillo. Isto durou apenas três anos, porque um dia as aves amanheceram todas mortas devido a uma epidemia, o que não lhe deixou outra alternativa senão regressar à Madeira.


Manuel Augusto Pinto Júnior, foi um emigrante que, como muitos outros

Ele fez de tudo. Começou como ajudante numa mercearia, foi condutor de autocarro, motorista de transporte e carnes, carniceiro, entre outras profissões


Maria Salete Pereira Sardinha

Começava a trabalhar às 5 a.m. e terminava às 11 p.m. ganhava muito pouco mas era a minha ajuda para a casa, para juntar ao que o meu esposo trazia do seu trabalho. Tive o cuidado para me dar bem com todos os proprietários, nunca reclamando com ninguém por sujar o que estava limpo. Preferia limpar


Meu caro jovem Ernesto
Os Portugueses também engrossaram a longa coluna de trabalhadores oprimidos, pelos quais vieste a dar generosamente a vida.
Contudo, a minha admiração por ti continua intacta, até porque, tenho a certeza, também subscreverias a crítica aqui desenvolvida...
Os bairros miseráveis de Caracas continuam testemunhas da necessidade de mudar o mundo.
Tão só!

Ministro das Finanças de Portugal e offshores


Ministro 'esconde' lista de aplicações em 'offshores'

O Ministro disse já ter pedido ao Banco de Portugal (BdP) informação desagregada sobre as aplicações financeiras realizadas por instituições públicas portuguesas em offshores.

O Cajado
compreende perfeitamente que o trajecto entre o Banco de Portugal e o Ministério, não é fácil, dado o mau estado da vereda, onde, com grande regularidade, ficam atoladas as carroças que transportam a "mala" com os vários quilos de informação estatal.
Mesmo assim, não haverá um corajoso cavaleiro que, com a devida escolta, evite que o Ministro faça dos portugueses, uns cabeçudos de feira das farturas?

Bye-bye! Bandarilhei-vos mais uma vez! AhAhAhAh


Esta "Federação" não será só um edifício e uma mão ceia de computadores.
Deve ter gente, pessoas, responsáveis (se o termo não for muito abusivo) aos quais terão de ser pedidas responsabilidades.
Sentem-se no banco dos réus e investigue-se se houve cumplicidades ou mera negligência. Andaram certamente distraídos durante 3 anos, talvez em cursos de sudoku e longas metragens cinematográficas como "O Padrinho"!

02/04/08

Fomos apanhados!


Astrónomos identificam o buraco negro mais pequeno até agora conhecido

É claro que a mania do Sócrates andar para aí a dar nas vistas, tinha que dar nisto...

Será ainda a bota do Salazar?

Barómetro Político Marktest (Março 2008)

Considerando que os dados apresentados, reportam um período razoável (Março 06/Março 08) para retirar algumas conclusões válidas, fizemos o seguinte exercício:

- comparámos os valores das votações no PS e no PSD
- juntámos as votações do PS e do PSD
- retirámos os dois valores extremos, como se impõe a um estudo estatístico

Concluímos que:
- embora as diferenças de votação nos 2 partidos tenham grandes variações (em OUT 07 eram praticamente iguais e em MAR 07 diferiam 20.7 %), a soma das votações no PS e no PSD mantem uma linha estável com uma variação máxima muito pequena (4.7 %).

Não parece muito abusivo concluir que o eleitorado do "centrão" movimenta-se apenas entre os 2 maiores partidos, numa estratégia de voto útil nos partidos susceptíveis de alcançar o poder e assim influenciar os seus próprios destinos.
As chamadas penalizações dos portugueses, sobre o partido que não governa segundo as suas expectativas, são feitas através da votação no outro partido da área do poder.

Agora, especulemos descaradamente:
Podem os políticos mentir,
podem alguns dos seus "notáveis" cair na fraqueza da corrupção,
podem demonstrar uma libidinosa simpatia pelos grandes grupos económicos e uma alergia aos "descamisados"
que
o grosso da manada dos nossos eleitores, fazem o extenuante trabalho mental de tentar advinhar qual o partido que mais o favorecerá do ponto de vista económico e com que missangas lhes acenam!

Mas, Democracia...é isto mesmo!

01/04/08

Cada regime tem o seu VIBRADOR


A que ponto chegámos!

Jaime Ramos, Presidente do Grupo Parlamentar do PSD/M na A.L.R., dá um "salvo-conduto" a Sócrates e autoriza-o a vir à Madeira porque «ninguém lhe vai fazer mal».

A Madeira é uma coutada, um santuário de corrupção, um "bunker" de fundamentalistas ou quê?
Em nome da estabilidade e da paz podre, o melhor será o poder não responder...

Mas Jaime Ramos, põe a descoberto a estratégia que o Dr. Jardim sempre utilizou para perpetuar-se no palco do Chão da Lagoa.

«Os ilhéus são mais honestos do que os continentais» afirmou J. R.

Esta frase não é uma simples javardice. O seu conteúdo reflecte aquilo que o "chefe" andou a meter na cabeça dos madeirenses e que é necessário desmontar.
Já não tem sentido a divisão entre ilhéus e continentais, salvo para atribuir as culpas, ao inimigo do outro lado do mar, de todas as asneiras cometidas pelo jardinismo.
A "guerra das bandeiras" tem precisamente o mesmo objectivo, se bem que, não sendo dirigida a todos os organismos da República, ainda poderá haver a divisão entre continentais maus e continentais assim-assim.

Os portugueses podem dividir-se, isso sim,
entre exploradores e trabalhadores,
entre corruptos e honestos
e entre reaccionários e democratas.

O resto são tácticas bolorentas herdadas do salazarismo!

De cócoras é muito mais moderno


Em baixa política tudo se compra, tudo se vende.
As maquiavélicas estratégias de poder não se compadecem com valores éticos, morais e de justiça.

O segredo de Fátima não envolvia uma absurda "conversão da Rússia"?

O segredo da Madeira tem passado por vagas sucessivas de cobardia política.

Salazar, de braço dado com a Igreja Católica, pôs os crentes de joelhos em Fátima e de braço dado com a Pide, tentou pôr todos os portugueses também de joelhos.
A genuflexão passou a fazer parte das práticas tradicionais do «bom povo português».

Os tempos mudam, os hábitos continuam e as atitudes políticas modernizam-se.
A arrogância de Sócrates, evidenciada perante vários sectores laborais nacionais, mantém-se, coerentemente, quando confrontada com os tiranetes do regime.
Mantém-se, mas de cócoras..., para tentar passar despercebida.

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O poder da mente

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A vitória do Ponto e Vírgula

Ressuscitemos a célebre exclamação - "Isso agora, ponto e vírgula".
Esta frase de cariz popular, representava uma forma simbólica de dizer que levantava muitas objecções e exigia explicações a algo que lhe merecia desconfiança.
Regresse o "ponto e vírgula" como forma de dizer BASTA!

Apareçam sempre por aqui!

Na dita Madeira profunda

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Bela homenagem (Março 2004)