26/10/07

O SOBRINHO DO DR. CARDOSO - vómito 2

O Combatente de Secretaria, como lhe chama o Garajau, continua a sua garbosa marcha e hoje apresentará armas à ditadura marcelista.

"Não vivemos na tal férrea ditadura, que estrangeiros e alguns portugueses (?) por aí propagam"
escreveria Cardoso Jardim dias antes do 25 de Abril de 1974 (ai se uma bruxa boa o tivesse avisado...)
Talvez este pensamento filosófico explique alguns tiques de tiranete que mais tarde o bafejaram (infelizmente o bafo era pestilento, só atraindo abutres)

Em 1973, num artigo intitulado "Perfeito, Senhor Presidente"(!!!!), atacava os opositores do regime:
"nunca consentiremos a interferência de estranhos, traidores ou oportunistas em questões unicamente nossas, delas servindo-se para farisaicamente enxovalhar esta Pátria"
Perfeito, Cardoso Jardim! Foi uma coisa que lhe ficou, assim a modos duma peçonha, isto de nunca consentir a interferência de estranhos (um tal Sr. Silva), traidores (um tal Sr. Pinto de Sousa) e oportunistas (um magote deles)

Mas já anteriormente, em 1971, escrevera que, apesar da propaganda anti-regime marcelista,
"personalidades estrangeiras descobrem um País muito diferente das calúnias propagadas no exterior ou para lá vomitadas pelos espíritos farisaicos"
"Farisaicamente", "espíritos farisaicos", a tecla embirrava sempre nos pobres dos fariseus. Ainda se fossem os malvados dos chineses...
Estranho, porque Cardoso Jardim tinha estudos (e por acaso bem compridos) e certamente sabia aquilo que qualquer catequista leigo explicará, ou seja, o fariseu não era hipócrita, era profundamente sincero, cumpridor dos seus deveres e levava a sério a sua religião.
Estaria a enganar o titio?
Ou já pensava nos fariseus que, uma mão cheia de anos mais tarde, lhe pegariam no manto, quando se passeasse nas areias douradas de Porto Santo?


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