30/10/07

O Sobrinho do Dr. Cardoso - 4º vómito


Cardoso Jardim dizia ontem no seu Jornal da Madeira (o "Voz da Madeira" do sec XXI):

-Sabem (eles, os comuno-socialistas) que, numa sociedade democrática como felizmente a Madeira o é, têm total liberdade de acção — e é isto que as Democracias devem consentir, para não criar «mártires».

É só para não criar mártires, senão...aplicavam-se as saudosas tradições da polícia marcelista.

Com que então todo ufano desta sociedade democrática, «...como esta Madeira o é...» (ya, o é !!??); já em 1970, Cardoso Jardim, considerava o retrógrado Portugal marcelista a vanguarda da Europa politicamente atrasada:

-No aspecto internacional, surgiu uma Europa demasiadamente verde para a democracia dos tempos modernos, caldeada rotineiramente no multipartidarismo atrofiante, herdado da burguesia oitocentista.

Esclarecidíssimos!

Este «multipartidarismo atrofiante» não cabe na sua «sociedade democrática». O é ou não o é?

Foi uma frase infeliz ou traduz o seu conceito de democracia? Avançem mais frases vomitadas em "A Voz da Madeira":

- Apesar da não existência pluripartidária na Assembleia Nacional, assiste-se a um debate sério e calmo das várias opções possíveis (acredito!), longe do tumultuar confuso dos grupos de pressão, e tão multifacetado que parece pertinente interrogar se uma disciplina multipartidária permitiria uma tal diversidade de opiniões livres.

Esclarecedor, apesar do português macarrónico. Diversidade de opiniões? Só com partido único! Esta nem lembrava ao Gato Fedorento...

Para não massacrar mais a vossa resistência ao enjoo, deixo-vos com umas lúcidas frases que tombaram (coitadas) da pena de Cardoso Jardim:

- O multipartidarimo (...) podendo conduzir à ineficiência. (seria uma tragédia)
- Democracia significa governo com o Povo, sem que forçosamente queira identificar-se com pluri-partidarismo (isto já nas vésperas do 25 Abril 1974)
- (...)eleições deixando de fora a ínfima minoria (como eles cresceram) de analfabetos, menores e outros incapazes de conveniente discernimento (p.e. os tais comuno-socialistas)

O é?

1 comentário:

Anónimo disse...

Ainda bem que há quem ajude a que não sejam esquecidas palavras que bem definem quem era um acérrimo defensor de valores que agora talvez afirme que repudia (embora lá no fundo talvez não).
Venham mais cajadadas !
Luís Costa Correia

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