"José Sócrates decidiu, agora, consultar os 'magos' que ajudaram Barack Obama a conquistar o poder. [...] Atingimos a era do desequilíbrio e da alucinação. O Estado é entendido como uma empresa, não como a configuração de um corpo político, social e administrativo".
Baptista-Bastos
Esta interessante análise de BB faz-nos regressar ao tema Agências de Comunicação, várias vezes abordada neste blogue.
A área política está cada vez mais inundada de figuras sombra que manobram os actores principais como marionetas deste circo mediático.
O grande palco está cada vez mais reservado aos que possuem grande capacidade de representação, sendo-lhes retirada grande parte de improvisação e espontaneidade.
Os sentimentos, os afectos e a vibração genuína, são luxos que, quando inadvertidamente são utilizados, acabam por ser explorados pelos outros actores.
Muitos eleitores apreciam o estilo, como apreciam aquele enorme monumento ao faz-de-conta, chamado wrestling americano.
Resta-nos fazer uma opção, entre:
- elevarmos o nosso sentido crítico, considerando que a dura realidade do quotidiano necessita de protagonistas políticos reais e não de marionetas de obscuros interesses ou de simples máquinas partidárias
- aceitar esta triste realidade e remeter a campanha eleitoral a uma disputa entre representantes de agências de comunicação, deixando os políticos de carne e osso continuar a desempenhar os cargos para que, bem ou mal, foram mandatados pelo povo; ineditamente, não teríamos um hiato governativo de cerca de 4 meses, permitindo que as instituições continuassem a trabalhar.
Arrepia-me pensar que o povo preferia o wrestling americano...
Particularmente, prefiro a bruta luta greco-romana!
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