26/05/09

Quem não for Pirata, que atire o 1º olho de vidro

Os nossos eleitos para o Parlamento Europeu vão ter a companhia de uns ... piratas.


O Partido Pirata sueco criado em 2006 é um fenómeno político:
- Em 3 anos já é o 3º partido sueco
- Vai eleger mais do que um deputado ao Parlamento Europeu
- O site que lhe serviu de lançamento pagou uma multa de 2.7 milhões de euros e os seus autores condenados a 1 ano de prisão.
- Tem cerca de 46 mil militantes, quase tudo jovens
- Baseia a sua luta política numa ilegalidade (partilha livre de ficheiros, mesmo que tenham direitos de autor) lutando, com toda a legitimidade pela confidencialidade e liberdade na internet.




Imagino o horror de Vital e de Rangel se um destes Piratas se sentar entre os dois licenciados em Direito.

Contudo, o horror seria maior se tivessem tempo para meditar sobre o significado do referido fenómeno político.

Considerando que os partidos políticos são a forma mais adequada de Democracia que actualmente conhecemos, a questão prende-se com a forma desgastada como eles se apresentam e com a responsabilidade, que ainda não quiseram assumir, relativamente à crise económica, política e de valores éticos.

A mensagem da juventude de um dos países da Europa com maiores índices de qualidade da cidadania, está aí!

Pior (?) ainda: - O Partido Pirata possui grupos já estruturados actuando em pelo menos 23 países e uma rede de activistas que se expande gradualmente a outros países

Novas tecnologias desencadearão novos tipos de lutas, empunhadas pela nova geração como novas bandeiras?
Ou tudo será efémero e os velhos senhores, assessorados por jovens-velhos, usarão novas contra-medidas?
Haverá pureza nesta nova bandeira, ou esta inocência é um arcaísmo, incompatível com os milhões que andam à solta ( 2.7 milhões de euros de multa...) e que constituem as rodas que movem a nova geração?

O mundo de Vital e de Rangel já deu provas que adora dançar sobre o abismo. Basta que lhes desliguem a música...
Muitas dúvidas e algumas certezas:
- Depois da geração "rasca" e da geração precária, a nova geração europeia não pode perder esta oportunidade de rasgar velhas bandeiras e de encontrar o seu próprio destino.

Partido Pirata?
Para já, mudava-lhe o nome para Partido Corsário, mas isso é pensar no futuro com ideias de baú!

1 comentário:

Andesman disse...

Nós o "Clube dos Piratas Vivos" (CPV), existimos muito antes de 2006. Mas nós somos uns avançados mentais. Ahahahah!!!

O CPV não usa bandeiras com caveiras. O CPV não pilha nada a ninguém. Estamos muito à frente dos suecos. Piratas de bandeiras negras com caveiras que pilham tudo; há muitos! Há muitos!

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