Hoje tive de ir a Setúbal com uma certa urgência.
A auto-estrada tem vários quilómetros em obras, com limite máximo de 80km/h.
Ia com pressa, por isso pus o meu Punto negro, com 10 aninhos feitos em Janeiro, nos 100 km/h.
Só vi traseiras de carros a afastarem-se, nem um me fez companhia...
Felizmente não cumpri o limite de velocidade máxima, no mínimo teria provocado riscos de acidentes e teria que ouvir um "oh empata, não sabes que não se pode parar na faixa de rodagem?"
Acelerei
e tal como me diz o meu mestre de Yoga, quando o "abdominal superior" já atingiu o limite de pré-ruptura, sorri e usufrui do momento!
Está no DNA dos portugueses. Regras de segurança colectivas ou quaisquer outras que interfiram com o nosso super destino, só servem para inspirar anedotas de alentejanos.
Será grave?
Para além de uma mão cheia de mortos anuais, nada de especial...
Tão pouco será grave, a procissão de atropelos à lei perpetrado por banqueiros, empresários e outras "pessoas de bem", não deixando de fora os executores que, lá por estarem na cauda da pirâmide, também terão os seus "méritos".
Este mal nacional, que nos permite fazer a ponte com os países africanos estupidamente ocidentalizados, conduz a estranhos conceitos de civismo do cidadão médio.
São esses parâmetros implantados na nossa sociedade, que ainda nos torna condescendentes com as "espertezas políticas"(para já) do nosso Primeiro,
o qual, por sua vez, o leva a concluir que
«Durão Barroso é o melhor para a Europa e o melhor para Portugal».
Se D. Barroso é o único sobrevivente da Cimeira do Crime dos Açores, porque não havemos nós de sobreviver nas auto-estradas?
Vá lá, Punto negro, tenta chegar aos 120 km/h ...
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