09/04/09

A gravidade do nosso quotidiano

Hoje tive de ir a Setúbal com uma certa urgência.

A auto-estrada tem vários quilómetros em obras, com limite máximo de 80km/h.


Ia com pressa, por isso pus o meu Punto negro, com 10 aninhos feitos em Janeiro, nos 100 km/h.

Só vi traseiras de carros a afastarem-se, nem um me fez companhia...

Felizmente não cumpri o limite de velocidade máxima, no mínimo teria provocado riscos de acidentes e teria que ouvir um "oh empata, não sabes que não se pode parar na faixa de rodagem?"

Acelerei

e tal como me diz o meu mestre de Yoga, quando o "abdominal superior" já atingiu o limite de pré-ruptura, sorri e usufrui do momento!


Está no DNA dos portugueses. Regras de segurança colectivas ou quaisquer outras que interfiram com o nosso super destino, só servem para inspirar anedotas de alentejanos.


Será grave?

Para além de uma mão cheia de mortos anuais, nada de especial...

Tão pouco será grave, a procissão de atropelos à lei perpetrado por banqueiros, empresários e outras "pessoas de bem", não deixando de fora os executores que, lá por estarem na cauda da pirâmide, também terão os seus "méritos".


Este mal nacional, que nos permite fazer a ponte com os países africanos estupidamente ocidentalizados, conduz a estranhos conceitos de civismo do cidadão médio.

São esses parâmetros implantados na nossa sociedade, que ainda nos torna condescendentes com as "espertezas políticas"(para já) do nosso Primeiro,

o qual, por sua vez, o leva a concluir que

«Durão Barroso é o melhor para a Europa e o melhor para Portugal».


Se D. Barroso é o único sobrevivente da Cimeira do Crime dos Açores, porque não havemos nós de sobreviver nas auto-estradas?

Vá lá, Punto negro, tenta chegar aos 120 km/h ...

Sem comentários:

Add to Technorati Favorites

Contador

O poder da mente

O poder da mente
Nós os iluminados

Arquivo do blogue

A vitória do Ponto e Vírgula

Ressuscitemos a célebre exclamação - "Isso agora, ponto e vírgula".
Esta frase de cariz popular, representava uma forma simbólica de dizer que levantava muitas objecções e exigia explicações a algo que lhe merecia desconfiança.
Regresse o "ponto e vírgula" como forma de dizer BASTA!

Apareçam sempre por aqui!

Na dita Madeira profunda

Na dita Madeira profunda
Bela homenagem (Março 2004)