Fim de semana quase alucinante

Pergunta do Cajado:

- Haverá vida para além dos penaltis do Cardoso (Benfica) e do outro senhor do Estrela da Amadora, do qual não me lembro do nome, apenas sei que não lhe pagam o ordenado, o que é normal neste país?

- Sim, existe, embora um pouco acessória para a multidão dos alienados!

Este fim de semana falou-se de coisas dramaticamente importantes:

A ADOPÇÃO

No dia 15 de Maio a Assembleia da República vai debater a proposta de instuticionalizar o Dia Nacional da Adopção de Crianças.

Esperemos que interesses mesquinhos de carácter partidário não interfiram,

PORQUE

Segundo fontes oficiais, apenas 305 crianças portuguesas das 15 mil a viver em instituições estão aptas para serem adoptadas. Em 2006, 1.933 candidatos a pais adoptivos tinham já sido avaliados pelos serviços da Segurança Social e estavam em condições de adoptar, contudo mais de 400 continua ainda em lista de espera desde 2003.

Saibam mais no excelente blog http://nosadoptamos.blogs.sapo.pt/

OS GENÉRICOS

Pontos de vista diferentes da Ministra da Saude e da Associação de Farmácias, têm de ser esclarecidos.

"A receita médica é para respeitar" diz a Ministra.

Assim, ficamos todos, incluindo a legião de reformados com graves dificuldades económicas, dependentes do critério do médico e dos interesses dos Laboratórios (com L grande).

LEVANTAMENTO DO SEGREDO BANCÁRIO

O combate à corrupção e ao enriquecimento ilícito, passa obrigatoriamente por seguir o rasto do dinheiro; e esse caminho leva-nos a becos sem saída caso não avance o levantamento do sigilo bancário.

O G-20, mais preocupado em passar uma mensagem de optimismo e segurança aos cidadãos, limitou-se a uns tímidos sinais, escolhendo uns bodes expiatórios do enorme leque dos chamados paraísos fiscais.

O capitalismo, na sua pior expressão, está apenas "em remodelação para abrir com nova gerência".

Preparem-se para uma falsa nova era.

Esqueçam os Bancos, vivam as Oficinas do Dinheiro.

Esqueçam a Wall Street, viva a People Street.

Esqueçam o Berardo, viva o Bernardo.