Um ano depois do 25 de Abril de 1974, Augusto Abelaira, intelectual combatente do salazarismo, lamentava que a educação e a cultura continuassem inadmissivelmente desfasadas dos esforços desenvolvidos em outros campos da Democracia.
E acrescentava:
Desfasamento extremamente perigoso, capaz de sufocar (por ausência) a liberdade que as nacionalizações, em princípio, nos prometem. Perigo de morte, em suma.
Tinha razão, Augusto Abelaira. Durante os 24 anos seguintes, deixámos que governos da mesma tonalidade democrática, subjugassem a educação e a cultura, à ditadura do economicismo castrador.
Por isso, em 2009, preparamo-nos para festejar um 25 de Abril caído na mediocridade do banal, do ritual sem amanhãs, interpretado por alguns venerandos “capitães” na indiferença da geração precária.
Agarremo-nos, com unhas e dentes, à esperança de partilhar o sonho (e porque não a raiva) com aqueles que também querem o seu Abril, olhando para o futuro, criticando o presente.
Não desgastemos a imagem da data, com frases consumidas pelo tempo e engarrafadas pela luta eleitoral.
Vamos pôr a educação e a cultura, como pratos do dia-a-dia, porque a crise que nos puseram sobre os ombros não se combate apenas entre economistas.
Porque o perigo de morte, não era um cisma de Augusto Abelaira em 1976!
E acrescentava:
Desfasamento extremamente perigoso, capaz de sufocar (por ausência) a liberdade que as nacionalizações, em princípio, nos prometem. Perigo de morte, em suma.
Tinha razão, Augusto Abelaira. Durante os 24 anos seguintes, deixámos que governos da mesma tonalidade democrática, subjugassem a educação e a cultura, à ditadura do economicismo castrador.
Por isso, em 2009, preparamo-nos para festejar um 25 de Abril caído na mediocridade do banal, do ritual sem amanhãs, interpretado por alguns venerandos “capitães” na indiferença da geração precária.
Agarremo-nos, com unhas e dentes, à esperança de partilhar o sonho (e porque não a raiva) com aqueles que também querem o seu Abril, olhando para o futuro, criticando o presente.
Não desgastemos a imagem da data, com frases consumidas pelo tempo e engarrafadas pela luta eleitoral.
Vamos pôr a educação e a cultura, como pratos do dia-a-dia, porque a crise que nos puseram sobre os ombros não se combate apenas entre economistas.
Porque o perigo de morte, não era um cisma de Augusto Abelaira em 1976!
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