25/10/09

Ou colégio ou militar!

Tenho consciência que a opinião que vou expor é polémica, mas ... é a minha.


Colégio Militar. Praxe. Internato. Egoísmo.


A polémica sobre os maus tratos no Colégio Militar, deve ser vista mais profundamente.

Salvo casos muito específicos e compreensíveis, que raio de pais abdicam do convívio diário com o seu filho, entregando-o num sistema de internato, em que o calor do contacto paterno é substituído por uma espingarda.

Uma farda e uma disciplina etariamente muito discutível.






A foto é obviamente tendenciosa. O ar de sofrimento do miúdo até pode reflectir uma simples necessidade de espirrar. A questão pretende ser meramente simbólica, face ao acima escrito.




Estou à vontade para me pronunciar:
- A Escola Naval é um internato com uma praxe violenta e eu fui comodoro de praxe.
- Conheci muitos camaradas provenientes do Colégio Militar com um apurado sentido de camaradagem e com uma formação académica superior à média.



Contudo, considero que há um período na formação de uma criança/jovem durante o qual nem o melhor internato do mundo substitui um adequado ambiente familiar.

7 comentários:

Associação Viver Pinhal do General disse...

Boa Tarde a Todos,
Informo que no dia 07 de Novembro pelas 09h00 realizar-se-á no Pinhal do General uma Marcha de Protesto!
Um Bem-haja!
www.ViverPinhaldoGeneral.blogspot.com

Anónimo disse...

Ainda bem que não adoptas uma crítica tipo BE ao Colégio.
Devo dizer-te que em nenhuma circunstância os pais são desencorajados de acompanhar o projecto educativo em que colocaram os filhos. Lembro-me, quando fui graduado, de pais que nos abordavam sobre a semana que o filho tinha passado e, se tinha sido castigado por uma conduta menos própria, isso era discutido com eles.
Agora, pais mais ausentes e pais mais participativos, existem em todas as classes e situações da vida.
Um ingresso no Colégio Militar não é sinónimo de abandono parental.
Nem mesmo de exclusividade para a vida militar. Basta ver quanto demos à sociedade civil.
Existem, em todo o lado, desvios ao método. Neste caso, um método que cria Homens para o País, para o Amanhã.
Punamos então esses mesmos desvios, os tais que confirmam a regra, e continuemos a fazer o que fazemos bem...formar HOMENS.

RR disse...

Caro Filipe Marques
Não me custa concordar. Contudo e é a isso que eu me refiro, na hora de adormecerem, o beijo de um pai e de uma mãe é muito reconfortante. Infelizes daqueles que, por outras razões, não têm possibilidade de o obter.
A questão, a meu ver, não é o tipo de homem que de lá sai. Isso não é contestado. A questão é o preço que cada criança/jovem paga para isso.

Anónimo disse...

Não contesto que houve alturas, na minha experiência pessoal, em que na minha meninice no CM não desejei um carinho paterno para me dar alento.
Nesse momento sucedeu uma coisa fantástica. Recebi ânimo dos meus camaradas e graduados. Recebi força para me tornar uma pessoa capaz.
Capaz de me desenrascar para o que fosse. Capaz, porque os meus pais tomaram a decisão de que queriam que fosse esse tipo de pessoa desde tenra idade.
E é isso que se está aqui a discutir. Está-se a por em causa o direito parental de decidir o melhor para o filho.
Essas lágrimas de que falas...existem à entrada pelos pais que deixámos em casa, e acredita que são breves, e existem à saída pela grande casa que nos formou. Estas últimas muito mais sentidas.

cereja no topo do bolo disse...

"A foto é obviamente tendenciosa. O ar de sofrimento do miúdo até pode reflectir uma simples necessidade de espirrar".
No entanto se não formos tendenciosos pensamos que quando espirramos ficamos aliviados e não é isso que demonstra a foto. O miudo chora, e os outros miudos olham de esguelha. Parece-me que a foto mostra rigidez, severidade, disciplina.
Maria

cereja no topo do bolo disse...

Quando espirramos ficamos aliviados. Esta foto demonstra, rigidez, severidade, disciplina.

Anónimo disse...

Ó Cherry, ainda me vais explicar como é que os miúdos da frente olham de esguelha para o miúdo de trás. Depois, eu próprio naqueles claustros, formado (quer isto dizer que me encontrava em formação militar), enquanto aguardava pelo Sr. Presidente, PM, CEMFA, ministros ou o que fosse, contava telhas e tentava não parecer muito aborrecido. E isto às vezes até uma hora. Canalhas dos altos representantes da nação, pá. Bem...e qual é mesmo o problema da disciplina e severidade na educação?

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