Vem aí mais sistema....

Ao contrário da fina flor da nossa burguesia e da respectiva imitação pretensiosa, a pobreza não foi de férias, nem sequer a banhos para a Caparica.
Já preencheu os papéis e pediu, com o devido mérito, a nacionalidade portuguesa, sem deixar de ser cidadã do mundo, embora de raízes notoriamente afro-asiáticas.

Em boa hora veio para a "ordem do dia", tornou-se arma de arremesso no Parlamento e tema de opinião dos "clássicos".

Abordada com claro cinismo capitalista pelo banqueiro Fernando Ulrich, numa perspectiva interessante de Fernando Madrinha:
- Preconiza aumentos de impostos sobre "os que estão melhor", incluindo-se naturalmente neste grupo, "para ajudar os mais vulneráveis e desfavorecidos"
E o que ele nos vem dizer é muito simples: o Estado deve tirar aos ricos para dar aos pobres a fim de que estes paguem as dívidas à banca e a própria banca, também endividada, não entre em colapso.

Um senhor professor universitário defende no Diário Económico, que a culpa da pobreza em Portugal vai direitinha para o PCP e para o BE.
Brilha, dizendo que os ricos nada têm a ver com a pobreza, mas que os pobres são vítimas do sistema (onde é que já ouvi esta do "sistema"?) económico e social, que não dá a mesma oportunidade para todos.
Pergunta o Cajado: - E o sistema não terá sido criado pelos previligiados deste país?

Para mal do tema da pobreza, esperemos que a futebolística frase de que «a culpa é do sistema» não pegue moda na área política e a discussão se torne cada vez mais abstracta!
Como convém...