31/07/08

Não se auto-flagele!


Estamos em crer que o século XX, para além dos relevantes acontecimentos históricos e avanços tecnológicos que o marcaram, ficará na memória futura dos vindouros, como um estranho período em que o homem se autoflagelou com um acessório, designado gravata.

Esse objecto, originalmente de adorno, tornou-se um instrumento de agressão social da classe dominante. O Sr. Doutor, o Sr. Engenheiro, o Sr. Industrial ou o Sr. Comerciante usavam (usam?) a gravata, mesmo para ir ao cinema, ao futebol ou às "meninas", como forma de marcar a distância que os separava dos outros.
Até mesmo os mais abastados de toucinho no distinto pescoço, não abdicavam do adorno, mesmo que usado com suado relaxe e com o nó perto do umbigo.

Para marcar a qualidade da "casta" obrigavam os filhos à mesma tortura, podendo ceder no padrão mais aligeirado. O funcionário, o balconista e o vendedor sujeitaram-se ao mesmo "enforcamento", para subirem na vida.

O Secretário-Geral da ONU acabou de dar um passo significativo para acabar com este ferrete social e recomendou o uso de vestuário informal nas instalações, para poupar energia.

No século passado as feministas queimavam publicamente os soutiens, como símbolo da luta pela igualdade de género.
Ao contrário do soutien que ainda sustentava qualquer coisa, a gravata só sustenta cabeças que, sem ela, cairiam no horror da normalidade!
Por isso, queimem-nas ... e festejem o fim da coleira social do século passado!

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