18/07/08

Olho neles!


Hoje o Cajado vai cair nas costas dos analistas políticos.
De todos?
Não, até porque cada português é um analista político, embora a maioria seja fervorosa adepta de um superior "são todos iguais, só querem é ir para o poleiro". Sobre estes não nos pronunciaremos. Estão de tal modo inacessíveis na sua superior ignorância, que nos limitamos a olhar para eles e vê-los a suportar estoicamente o despudorado aumento do custo de vida e a limitarem-se a olhar, com inveja, os bafejados pelo condão da especulação e os iluminados pelo regime político-financeiro.
Os analistas que constituem o nosso alvo, são aqueles que, enquanto debitam opinião, deliciam-se com a música do tilintar do ouro dos contratantes.

Dotados de fluente verborreia, escalpelizam qualquer tema com o mesmo àvontade que Cavaco Silva fala de futilidades políticas.
Desde os segredos mais escondidos com que o FMI manieta sóbrios governantes, até ao joelho atrofiado do Mantorras, tudo é tornado evidente e inquestionável.
Contudo, as regras emanadas do seu instinto de sobrevivência, são ainda mais claras:
1ª - Riscar o verbo "desconhecer" do seu vocabulário
2ª - Emitir opiniões, minimamente polémicas para manter o nível de audiência, mas que não massacrem sistematicamente a mesma bancada do poder
3ª - Esporadicamente, vilipendiar um actor do nosso circo mediático, mas condimentá-lo com uma dose de superior tolerância, maior ou menor, conforme o carisma que o nosso analista pretende alimentar
4ª - Satisfazer, com inteligente parcimónia e aparente superficialidade, as rentáveis mensagens que as intermediárias agências de comunicação pretendem divulgar/intoxicar.
5ª - Acima de tudo, sacrificar tudo e todos, aos superiores interesses do respectivo ego e necessariamente, da bolsa que o alimenta.

Para os "mais pequeninos", que não passam sem um moral da história, ela aqui vai:
Os ditos analistas, fazedores de opinião, constituem a essência do jornalismo. Contudo, a sua acção será devastadora se adormecermos o nosso sentido crítico e fragilizarmos a "dúvida permanente" que nos mantém do lado de cá da democracia.
Caso contrário, a passadeira para o desfile de tiranetes, especuladores e corruptos manter-se-á resplandecente e engarrafada...

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