Hoje o Cajado vai cair nas costas dos analistas políticos.
De todos?
Não, até porque cada português é um analista político, embora a maioria seja fervorosa adepta de um superior "são todos iguais, só querem é ir para o poleiro". Sobre estes não nos pronunciaremos. Estão de tal modo inacessíveis na sua superior ignorância, que nos limitamos a olhar para eles e vê-los a suportar estoicamente o despudorado aumento do custo de vida e a limitarem-se a olhar, com inveja, os bafejados pelo condão da especulação e os iluminados pelo regime político-financeiro.
Os analistas que constituem o nosso alvo, são aqueles que, enquanto debitam opinião, deliciam-se com a música do tilintar do ouro dos contratantes.
Dotados de fluente verborreia, escalpelizam qualquer tema com o mesmo àvontade que Cavaco Silva fala de futilidades políticas.
Desde os segredos mais escondidos com que o FMI manieta sóbrios governantes, até ao joelho atrofiado do Mantorras, tudo é tornado evidente e inquestionável.
Contudo, as regras emanadas do seu instinto de sobrevivência, são ainda mais claras:
1ª - Riscar o verbo "desconhecer" do seu vocabulário
2ª - Emitir opiniões, minimamente polémicas para manter o nível de audiência, mas que não massacrem sistematicamente a mesma bancada do poder
3ª - Esporadicamente, vilipendiar um actor do nosso circo mediático, mas condimentá-lo com uma dose de superior tolerância, maior ou menor, conforme o carisma que o nosso analista pretende alimentar
4ª - Satisfazer, com inteligente parcimónia e aparente superficialidade, as rentáveis mensagens que as intermediárias agências de comunicação pretendem divulgar/intoxicar.
5ª - Acima de tudo, sacrificar tudo e todos, aos superiores interesses do respectivo ego e necessariamente, da bolsa que o alimenta.
Para os "mais pequeninos", que não passam sem um moral da história, ela aqui vai:
Os ditos analistas, fazedores de opinião, constituem a essência do jornalismo. Contudo, a sua acção será devastadora se adormecermos o nosso sentido crítico e fragilizarmos a "dúvida permanente" que nos mantém do lado de cá da democracia.
Caso contrário, a passadeira para o desfile de tiranetes, especuladores e corruptos manter-se-á resplandecente e engarrafada...
18/07/08
Olho neles!
Postado por RR às 7/18/2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Contador
Contador
OUTRAS FÚRIAS
- Voz da Abita
- Pravdailheu
- Precários Inflexíveis
- Ana Marta
- Mundo em guerra
- O pais do burro
- Foice dos dedos
- Espaço meu
- Zaragata no Calhau
- Pensa Madeira
- Olho de Fogo
- Farpas da Madeira
- Anti-PNR
- A Blasfémia
- Esquerda Revolucionaria
- Achasprafogueira
- http://www.costacorreia.com
- http://troll-urbano.blogspot.com/
- http://www.cultra.pt/
- http://zerodeconduta.blogspot.com/
- http://www.miguelportas.net/blog/
O poder da mente
Arquivo do blogue
-
▼
2008
(514)
-
▼
julho
(37)
- Não se auto-flagele!
- Portugal na linha do Equador
- Quem disse que os empresários portugueses não eram...
- Não havia necessidade...
- Qual corrupão?
- "Professor" viola na via pública
- De costas voltadas para Sócrates?
- Eunucos da Democracia
- No te calles!
- Nuclear, nem obrigado
- Chávez de coragem e o bowling salazarista!!!!!
- O cidadão já percebeu que isto não é um chapéu mex...
- A pirataria moderna já não vem de barco
- El maestro portugués del insulto
- Panorama assustador
- Olho neles!
- Flecte, flecte...insiste,insiste
- Só acreditam que não acreditam
- Jaime gama trunfos à decência
- Vem aí mais sistema....
- Portugal do avesso
- Agora sim. Somos os maiores!
- Seu vaidosão...
- A segurança e a fé em Deus
- O mexilhão não escapa
- G8 + trufas - ajudas = 8 terroristas
- Sintonia
- Precários andam por aí, ai que medo...
- Quo vadis sec. XXI
- Capitalismo autofágico
- Bad boys
- Precipitou-se ao dizer que era uma grande precipit...
- Todos satisfeitos
- As chaves do Banif
- Teste e proteste
- Sobras de vinho
- Publicidade gratuita?
-
▼
julho
(37)
A vitória do Ponto e Vírgula
Ressuscitemos a célebre exclamação - "Isso agora, ponto e vírgula".
Esta frase de cariz popular, representava uma forma simbólica de dizer que levantava muitas objecções e exigia explicações a algo que lhe merecia desconfiança.
Regresse o "ponto e vírgula" como forma de dizer BASTA!
Apareçam sempre por aqui!
Esta frase de cariz popular, representava uma forma simbólica de dizer que levantava muitas objecções e exigia explicações a algo que lhe merecia desconfiança.
Regresse o "ponto e vírgula" como forma de dizer BASTA!
Apareçam sempre por aqui!
Sem comentários:
Enviar um comentário