Dr. Jardim volta a esgrimir o espantalho da independência, qual decrépito F-16 a fazer "loopings" sobre o centro de Lisboa.
"Olhem que eu caio!", "Olhem que eu despenho-me!".
O Dr. Jardim sabe que a espetada da independência não é comprada pelos madeirenses, quanto mais não seja pela quantidade de benfiquistas, sportinguistas e portistas que enchem a Avenida do Mar em dia de vitória do seu clube e que enchem a cabeça da mulher e dos filhos em dia de azar. Irremediavelmente portugueses...
Mas um homem tem ambições na vida e não estão a ver o Dr. Jardim a calçar os "chenelos" e vestir o robe, retirando-se pacatamente para o remanso do seu confortável lar. A admiração que tem pelo seu umbigo, arrastá-lo-á a procurar vestir a pele de uma das personagens de "D. Quixote de la Mancha", coibindo-me eu de dizer qual delas é o seu espelho...
Ele quer ser «Presidente da Região» (depois logo se muda o nome para Grande Madeira ou Estados Unidos da Madeira e Porto Santo como piscadela de olho aos genuínos EUA, etc), fumará os seus charutos no ginásio que lhe apetecer, instalará o PSD/M no Palácio de S. Lourenço e a JSD na Fortaleza do Pico, colocará umas rampas de mísseis nas embarcações da Guarda-Costeira do Sanas, distribuirá os seus Coronéis pelos pontos estratégicos e terraplanará o Forte de S. José, porque odeia independentistas)
Mas, traído pelos seus instintos ancestrais, vai já avisando que fora deste Arco ("Arco Autonomista", leia-se independência) «ficam os comunistas "de qualquer expressão" e os socialistas».
Pobre Madeira! Se tal pesadelo se concretizar, a "regressão na continuidade" do Presidente Jardim, situá-la-á nos saudosos anos 60, num penoso regresso ao passado, em que não eram necessárias capas democráticas para que a ditadura, no seu esplendor, explorasse a classe dominada!
E nem sequer terá Makukula, a fazer de Eusébio, a alegria do povo!
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