02/01/08

Só à cajadada!!!!


Para entrar com os dois pés em 2008, a Fúria do Cajado achou por bem partilhar convosco um interessante artigo de Miguel Sousa Tavares, Da Opus Dei à Maçonaria: a incrível história do BCP.

Do meu ponto de vista, este artigo está tão claro e acessível, que devia ser distribuído gratuitamente à saída dos estádios e à entrada dos hipers. Se, por uma ardilosa manobra de marketing, conseguíssemos que fosse lido, mais do que uma consequente e avassaladora mudança do sentido de voto, ouvir-se-ia um raivoso grito:

- ENTÃO ISTO É ASSIM??!!

Se não teve coragem para ler todo o artigo, aqui vai uma amostra:


Em países onde o capitalismo, as leis da concorrência e a seriedade do negócio bancário são levados a sério, a inacreditável história do BCP já teria levado a prisões (...)


(...) com o 25 de Abril o BCP começou a fazer coisas pouco recomendáveis (...)

aos pequenos depositantes, que lhe tinham confiado as suas poupanças para gestão, o BCP tratava de lhes comprar, sem os consultar, acções do próprio banco nos aumentos de capital, deixando-os depois desamparados perante as perdas em bolsa

(...)aos grandes depositantes e amigos dos gestores, abria-lhes créditos de milhões em "off-shores" para comprarem acções do banco, cobrindo-lhes, em caso de necessidade, os prejuízos do investimento.


(...)o próprio BCP declarava lucros astronómicos, pelos quais pagava menos de impostos do que os porteiros do banco pagavam de IRS em percentagem.


E descobriu-se ainda uma outra coisa extraordinária e que se diria impossível: que o BCP e o BPI tinham participações cruzadas, ao ponto de hoje o BPI deter 8% do capital do BCP e, como maior accionista individual, ter-se tornado determinante no processo de escolha da nova administração... do concorrente


(...)entra em cena o notável comendador Berardo - o homem que mais riqueza acumula e menos produz no país - protegido de Sócrates, que lhe deu um museu do Estado (...)


(...)filho do engenheiro fora financiado em milhões para um negócio de vão de escada, e perdoado em milhões quando o negócio inevitavelmente foi por água abaixo


(...)acharam todos avisado entregar o BCP ao PS


(...)E eis como um banco, que era tão cristão, tão "opus dei", tão boas famílias, acaba na esfera dessa curiosa seita do avental, a que chamam maçonaria.


(...)E, revelada a trama em todo o seu esplendor, que faz o líder da oposição? Pede em troca, para o seu partido, a Caixa Geral de Depósitos, o banco público (...)


Um governo inteligente, em Portugal, sabe que nunca pode abocanhar o bolo todo. Sob pena de os escândalos começarem a rolar na praça pública, não pode haver durante muito tempo um pequeno exército de desempregados da Grande Família do Bloco Central


Mesmo que discorde de outras observações do artigo de MST, aqui não registadas, acho que o essencial está aqui exposto!


ISTO É MESMO ASSIM!

1 comentário:

xeca disse...

enchem as tulhas e bebem vinho novo....dançam a ronda no pinhal do rei....eles comem tudo....e não deixam nada....

Add to Technorati Favorites

Contador

O poder da mente

O poder da mente
Nós os iluminados

Arquivo do blogue

A vitória do Ponto e Vírgula

Ressuscitemos a célebre exclamação - "Isso agora, ponto e vírgula".
Esta frase de cariz popular, representava uma forma simbólica de dizer que levantava muitas objecções e exigia explicações a algo que lhe merecia desconfiança.
Regresse o "ponto e vírgula" como forma de dizer BASTA!

Apareçam sempre por aqui!

Na dita Madeira profunda

Na dita Madeira profunda
Bela homenagem (Março 2004)