Ontem tive oportunidade de ser melhor esclarecido sobre uma problemática que atinge-me a mim próprio, mas, fundamentalmente a todos os militares.
Partilho-a neste blog, porque sendo naturalmente desconhecida do público, só agora está a despertar a revolta gradual dos militares. Também a partilho, porque, tal como a maioria dos temas da área militar, não recolhe os favores da opinião pública.
Para não ser massudo, divulgo-a sucintamente, na esperança de assim conseguir captar a atenção de quem passa por aqui os olhos:
- A Condição Militar, que implica a total dedicação ao serviço e até o sacrifício da própria vida, também compensa os militares, atribuindo-lhes «especiais direitos», nomeadamente no campo da Segurança Social e assistência ( discutível, dirão alguns, mas é a lei, que não foi feita em ditadura militar)
Nesta data, está largamente comprovado, que apesar da continuação dos hospitais militares, o respectivo sistema de saúde está no último escalão dos sistemas de saúde do Estado, muito pior que a ADSE. Este facto, para além de notoriamente injusto é comprovadamente ilegal.
- A comparticipação do Estado nas despesas de saúde dos militares, baixou drasticamente e milhares de comparticipações não serão ressarcidas devido ao caos instalado. Esta situação tem implicações reais na própria sobrevivência de alguns reformados das Forças Armadas, em situações precárias de saúde em acumulação com pensões miseráveis.
- As novas tabelas de comparticipação do Estado nas despesas de saúde, muito mais baixas que as da ADSE, não poderão ser aceites por largos sectores das instituições fornecedoras de serviços de saúde, por não cobrirem as próprias despesas do acto médico.
Está subjacente o óbvio interesse em "empurrar" os militares, principalmente os reformados, para os serviços não comparticipados de saúde.
É claro que as "encomendas" a determinada comunicação social, sobressaindo as pensões de reforma da esmagadora minoria e de outros "previlégios" já extintos, pintam o cenário da guarda pretoriana, comprada a peso de ouro!
Até onde vai o limite da paciência dos militares e de largos sectores da população em condições bem mais gravosas do que aqueles?
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