Sporting empata na Holanda e passa à fase seguinte de acesso à mina de ouro.
Resultado deixou eufóricos milhares de portugueses (os sportinguistas e mais uma dúzia) e frustrados outros milhares (os benfiquistas e portistas, com excepção de uma dúzia deles).
Os mais veteranos destas guerras lembrar-se-ão dos tempos em que o país (futebolisticamente falando) delirava com os golaços do Eusébio na final de Amesterdão, com o "cantinho do Morais" e com o golo de calcanhar do Madjer na final da Taça dos Campeões Europeus.
Um só povo, dirão alguns!
Comecei a sentir que havia mais qualquer coisa do que isso de "um só povo", quando, na Unidade Militar que eu comandava, o Capelão abriu o seu coração para me dizer que, se um dia a Selecção Nacional fosse constituída por uma maioria de jogadores do Benfica, ele apoiaria a selecção adversária!
Confesso que estes sentimentos "patrióticos" à volta de uma bola não me retiram o sono e deixam-me tão melancólico como após ter lido uma crónica do Ricardo Araújo Pereira.
O Sporting jogou com uma equipa holandesa?
Pois estejam certos que milhares de holandeses davam pontapés no sofá tentando ajudar o Sporting a marcar um golo!
Seguramente que no próximo jogo da equipa do Twente fora de casa, irá aparecer uma faixa a dizer "Obrigado Sporting" (em holandês, é claro, porque os furiosos do futebol esfaqueavam-te se lhes chamasses poliglotas...).
Tratar-se-á de um bairrismo gratuito, quando aquilo que está em questão é uma simples prática desportiva?
Não creio.
Já repararam que a alienação clubística que condiciona a vida ( às vezes a morte...) de milhões de adeptos por esse mundo fora, não chega aos seus principais intérpretes (os jogadores) que mudam de clube como o camaleão muda de cor?
Pois é, o dinheiro, essa força da natureza ...
E esta clubite levada ao limite do razoável, também serve para alimentar esta máquina diabólica de produzir milionários e principalmente, de produzir uma preocupante e alastrante alienação dos povos.
5 comentários:
Nunca se esqueça meu caro Camarada e Amigo que o futebol, mais do que um desporto, é um Mundo de Emoções e, ao mesmo tempo, um factor identitário.
E, no nosso horizonte visível, não há nenhum outro em condições de o substituir.
"Futebol, Deus, Fátima, Pátria, Familia e Fado" são o nosso lema.
Nunca esperei dizer tantas vezes que sim a uma posta escrita sobre futebol no teu blob. Subscrevo-a. mais. Aplaudo-a de pé.
Benfica é uma nação, não é Daniel?
Não. O Glorioso Benfica é "A" nação.
:))))))
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