Aqueles que gostam de dissertar sobre o futuro do planeta, vão ter agora grandes oportunidades de êxtase, podendo especular com maior objectividade sobre este globo que, para o bem e para o mal, tem na pegada humana a marca do seu futuro.
A divulgação recente do International Energy Outlook (IEO) 2009 proporcionou revelações significativas, por ser proveniente de uma entidade que desconhece o termo precipitação de análise e quando, ainda em 2007, projectava uma larga intensificação da produção de petróleo para as próximas 2 décadas.
Agora, o IEO prevê uma queda drástica na futura produção mundial de petróleo.
Para além disso, prevê que, muito em breve, a China ultrapassará os Estados Unidos como o consumidor número um de energia do mundo, o que torna iminente uma competição energética implacável.
Mais ainda, a produção dos chamados combustíveis não convencionais - areias petrolíferas, petróleo ultra-profundo, óleo de xisto e biocombustíveis - exigirá investimentos financeiros e energéticos significativos e o impacto ambiental poderá ser devastador.
A concluir o IEO afirma que a oferta de combustível simplesmente não será capaz de acompanhar o ritmo da ascensão da procura mundial, produzindo possivelmente caos económico global.
Com este cenário é lícito concluir que, em pouco mais de um século, o "nosso" século, o Homem transformou fenomenalmente a vida à face deste planeta graças ao petróleo e prepara-se(?) para enfrentar um desafio histórico ímpar, devido ao esgotamento dessa mesma fonte de energia.
Sobre o futuro, todos os cenários estão em aberto, mas cada vez é mais premente o cidadão do mundo impor aos seus representantes que não temos o direito de condicionar dramaticamente a futura geração, só porque prevalece uma miopia sem alcance global.
Governar, nos dicionários políticos, significa, na melhor das hipóteses, sucesso nacional durante o respectivo mandato.
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