16/06/09

Em que praia desembarcaremos?


O Secretário de Estado da Justiça, João Tiago Silveira, é o novo porta-voz do PS.



Mata-se o mensageiro (Vitalino Canas) e escolhe-se um mais fresco que não se importe de imolar-se pelo fogo do descalabro, em troca de passar a aparecer na "fotografia".


Multiplicam-se os discursos, para conduzir o rebanho a bom pasto.


Sócrates clama o "nós ou o caos".

Mário Soares disserta sobre «a probabilidade de Portugal se tornar ingovernável é alta e perigosa», acrescentando que «é preciso ouvir as pessoas», o que é bastante lúcido, embora tenha o problema intransponível do intérprete (Sócrates) ter pouca vocação para tal...

Significativamente, o jornal "O Diabo" renasceu e transmite a ideia de ter chegado a sua hora, quando apresenta os «três combatentes» para as guerras do futuro próximo - Sócrates, Rangel e Paulo Portas.


Os partidos julgam ter encontrado a solução para o divórcio com o eleitorado. Para tal, advinha-se a abertura da caça aos políticos jovens, ainda não massacrados pela dança do "vira" entre o poder político e o poder económico. É a mensagem de uma nova era, com novos porta-vozes de velhas mensagens.

Como reagirá a velha clique, de rabo queimado pelas cadeiras do poder e que se recusarão a uma reforma prematura?


O cenário é negro, embora por razões diferentes das defendidas pelos donos dos partidos do arco do poder.

Multiplicam-se as iniciativas saudáveis de mobilização em torno de direitos de cidadania, mas também se desenvolvem doentias buscas de soluções iluminadas, cavalgando democracias musculadas, para apresentar saídas patrióticas para a insegurança e para a tal apregoada ingovernabilidade.

As iniciativas tendentes a aproximar os cidadãos dos locais de decisão são indispensáveis, receamos que as soluções autoritárias sejam mais assimiláveis por um povo desesperado e intelectualmente preguiçoso.

Os portugueses vão iniciar a procissão estival em busca de um sol retemperador. Seria bom que se mantivessem atentos às manobras que se desenvolverão nos bastidores.

Ou será pedir demais?

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