A posição dos trabalhadores da Autoeuropa e as reacções dos governantes e das centrais sindicais é um caso paradigmático.
A participação dos trabalhadores na votação do pré-acordo significa que os portugueses vão às "urnas" quando consideram que está em jogo o seu destino próximo.
Nos processos eleitorais a nível nacional, o divórcio é proporcional ao afastamento entre representantes e representados durante o período do respectivo mandato.
A preocupação dos trabalhadores da Autoeuropa relativamente à manutenção dos postos de trabalho dos 250 contratados tem um elevado valor na indispensável solidariedade em momentos de crise.
Finalmente, o governo.
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Basílio Horta, manifestou-se "surpreendido, triste e preocupado".
O ideal, acrescentamos nós, seria que os trabalhadores não tivessem o direito de escolha, numa perspectiva do melhor possível para Portugal, mesmo que à custa dos portugueses ...
É evidente que o sucesso das negociações é importantíssimo para a economia nacional.
Contudo, não podemos deixar de acreditar que os primeiros prejudicados pelo insucesso serão os próprios trabalhadores.
Por isso é que a Lei lhes dá esta possibilidade de se pronunciarem.
E a Lei não pode ser de funcionamento intermitente ...
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