Há uns anos, foi divulgado na comunicação social da Madeira que um navio de guerra visitaria Porto Santo e estaria aberto ao público, no âmbito das festas locais.
Entretanto, devido à ocorrência de um acidente marítimo, o navio não pode deslocar-se a Porto Santo.
Tal facto não impediu que um jornalista voluntarioso, ou preguiçoso, não tivesse relatado a visita e até com referências elogiosas à simpatia da guarnição perante o público que visitou o navio e à boa apresentação do mesmo.
Isto chamarei um hilariante "jornalismo de antecipação" - não é necessário que o acontecimento ocorra, que o jornalista relata-a.
Vem isto aproposito do "jornalismo de antecipação" praticado pela SIC-Notícias e pela RTPN nas análises dos debates eleitorais.
Os "lugares reservados" para comentadores com um perfil comum - conservador - e a obsessão em atacar o Bloco de Esquerda, antecipam as conclusões de análises políticas, mesmo antes destas ocorrerem.
Ao contrário do jornalista da Madeira que "pôs" o navio em Porto Santo, os critérios jornalísticos destas cadeias de televisão tentam bombardear o "navio" para evitar que ele chegue a um porto.
1 comentário:
Mas alguém ainda liga aos comentadores?
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