A visita de Eduardo dos Santos:
O governo de Sócrates assumiu um posicionamento similar ao da China: questões políticas de fundo não são tema de conversa, agora é tudo "business" (Jornal de Negócios)
Foi provavelmente com esta linha de pensamento que, este e o anterior governo, "não viram" os presos da CIA passar por Portugal.
É ainda neste jogo de hipocrisia que condenamos as "off-shores", mas mantemos a Zona Franca da Madeira, à espera que os outros tomem a iniciativa.
O Diabo não é assim tão mau, desde que nos sirva para alguma coisa.
3 comentários:
Vai me desculpar, mas o Sr. Comandante também está a entrar no "insulto fácil", pois quando falamos de "off shore's" falamos de fuga ao fisco e "lavagem" de dinheiro, ao que segundo sei pouco se passa na Zona Franca da Madeira, por ter um regulamento e inspeção rigidas, razão pela qual muito desse "tipo" de capital que lá estava até 2001/2002 fugiu para outra zonas bem mais "nubladas".
Cumprimentos
DC 38
Caro DC 38
Agradeço-lhe o comentário. É a forma mais enriquecedora da utilidade de um blogue.Contudo, não me parece que o meu "post" tenha caído no insulto.Exprimi a minha crítica e hipocrisia(política) é o que mais temos na área governativa e oposição.
Quanto à ZFM: - É o próprio Min das Finanças que diz que «se não fosse na ilha portuguesa, as actividades ilícitas far-se-iam noutra zona qualquer».
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1157688
É verdade que com a directiva aprovada pela EU em 2002, algumas das regras praticadas na ZFM vieram a sofrer alterações num sentido positivo.Contudo o DL n.º 352-A/88, de 03 de Outubro de 1988,que DISCIPLINA A CONSTITUIÇAO E FUNCIONAMENTO DE SOCIEDADES OU SUCURSAIS DE TRUST OFF-SHORE NA ZONA FRANCA DA MADEIRA é bastante claro nesta figura de TRUST OFF-SHORE(Sociedades criadas unicamente para gerir o capital de uma outra pessoa ou entidade).
Em nome da confidencialidade a ZFM não obriga ao registo do documento com os termos do acordo nem tão pouco de qualquer nome associado ao trust. De igual modo, ao abrir uma conta em nome de um trust, não é requerido ao trustee (consignatário) o nome do beneficiário do mesmo.
Deste modo a criação, gestão e transferência de trusts é um dos meios mais comuns utilizados na prática de crimes fiscais e financeiros. Apesar das directivas da União Europeia exigirem a cooperação das autoridades locais em questões de tráfico de droga e de armas ou lavagem de dinheiro, estas não têm qualquer obrigação de cooperar com investigadores internacionais em casos de evasão fiscal.
Segundo estatísticas do próprio FMI, um quarto da riqueza privada mundial encontra-se em offshores. Se esta quarta parte da riqueza do mundo pagasse impostos, seria possível cumprir os Objectivos do Milénio definidos pela ONU.
Esta é que é a triste realidade...
mas é claro que a ZFM é um off-shore como os outros...buracos negros onde é impossivel perceber os fluxos de capital e onde são "lavados" milhoes de euros em bancos sedeados na ZFM, que na realidade não são mais do que um computador onde se podem fazer essas transações fora-da-lei!!
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