05/03/09

O longo caminho do Simplex (2)



Continuando na busca da Declaração em como a minha viatura está livre de ónus e encargos.

Como tinha dito (O longo caminho do Simplex 1), a preciosidade só podia ser adquirida em Lisboa ou Setúbal.
Destino: - Av. Mouzinho da Silveira, Conservatória do Registo Automóvel.
15 minutos de enquadramento estratégico do destino, tentando um lugar para o carro.
Um pouco apreensivo, fui obrigado a parar em frente ao Edifício Cimpor!!!
Confrontado com a inverdade de livre usufruto do espaço público, procurei uma máquina de pagamento prévio do estacionamento.
Se ia a uma repartição pública, metia hora de almoço e tal, investi 2 euros no período de estacionamento. Entretanto passaria por lá se necessitasse de prolongar o período.

CASTIGO! Não acreditei que o Simplex funcionasse e afinal, na Conservatória deparei-me com uma espera de 10 minutos, quando tinha investido em algumas horas de estacionamento.

Atendido por uma funcionária da minha geração, disse-lhe que na Declaração também deveria constar que era proprietário do carro há mais de 6 meses.
«Disso não sei. Aqui só passo a declaração a dizer que está livre de ónus e encargos»
Argumentei que, tal,tal e tal.
Simpaticamente deixou-me falar e virou máquina emissora:
«Disso não sei. Aqui só passo a declaração a dizer que está livre de ónus e encargos»

Afastei-me da máquina. Outra vítima já me tinha substituído.

«Boa tarde, minha senhora»
Talvez fosse trauma meu, mas pareceu-me ouvir a máquina emitir:
«Disso não sei. Aqui só passo .....»

Passei discretamente pelo segurança à porta da Conservatória. Talvez esta outra máquina não gostasse de saber que eu levava um documento a dizer que não tinha feito trafulhice com o meu carro ...




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