11/03/09

Angola é nossa - diz a elite angolana


O regime angolano tem, comprovadamente, índices de violação dos direitos humanos, da livre expressão e de corrupção, que desaconselhariam qualquer gesto de credibilização internacional.


Segundo o prestigiado PAMBAZUCA NEWS - Fórum para a justiça social em África:


Angola tem uma população estimada em 18,5 milhões de habitantes, sendo cerca de 12,5 milhões pobres porque vive com cerca de 1,7 dólares por dia, numa situação de serviços básicos diminutos, de baixos indicadores sociais e de fraco funcionamento do sistema de direitos

Não há dúvida de que o considerável crescimento do PIB per capita beneficiou sobretudo as classes mais abastadas e a política clientelar de criação de uma burguesia nacional restrita.


ANGOLA, 33 ANOS DEPOIS continua a apresentar os piores índices de desenvolvimento humano do mundo contrastando com os índices de crescimento económico. A corrupção e o clientelismo arrasam em todo o espaço. Enquanto condomínios de luxo ocupam terrenos desalojando milhares de angolanos, milhares de crianças morrem com malária, tuberculose e doenças diarreicas. Os espaços públicos como jardins são transformados em infraestruturas privadas para a elite.


Mais de quatro mil milhões de dólares de rendimentos de petróleo de Angola desapareceram entre 1997 e 2002, acusou, num enorme e detalhado relatório, a organização de direitos humanos Human Rights Watch.
Segundo a organização os quatro mil milhões de dólares que foram desperdiçados deveriam ter sido aplicados no combate à pobreza e à fome.


Os mídia públicos são monopolizados pelo governo e pelo MPLA. A imprensa privada apodera-se de discurso sensacionalista e muitas vezes pressionada pelo estado. Os partidos da oposição são frágeis, fracos e divididos.


Numa escala que envolve 180 países, Angola ocupa um desastroso 153º lugar na Percepção da Corrupção (Transparency International)


Mas,

Os interesses económicos, a válvula de escape das nossas empresas, a balança de exportações!!!???


Não haja ilusões

Serão os grandes grupos económicos (Banca, Mota-Engil, Américo Amorim, Somague, etc) que terão capacidade para responder a este "negócio" angolano. As pequenas e médias empresas, vulgo "mexilhão", continuarão a fechar as suas portas!

Para Angola e em força ... os que puderem ...

2 comentários:

Anónimo disse...

é com a maior indignacao que vejo a mumia cavaco silva a dedicar brindes e a receber com pompa um dos mais antigos chefes de estado do mundo (30 anos) nunca foi eleito. O desprezo pelo povo angolano e a voracidade pela riqueza daquele pais levado aos limites....

amsf disse...

Parece que a colónia vai "salvar" a metrópole! No entanto se os preços do crude se mantiverem por estes preços ou o mundo conseguir adoptar um outro tipo de tecnologia energética este dinheiro angolano fará falta ao futuro da própria Angola!

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