03/11/08

Ministro dispara sobre militares, barricado pela comunicação social


O Ministro da Defesa, lamentou ontem na RTP o facto do descontentamento dos militares face à reforma do sector ter saltado para a praça pública sem que a questão lhe tivesse sido colocada.

Espantosa a forma como a hipocrisia entra com esta facilidade nos argumentos de um Ministro

Basta fazer uma breve passagem pelo site da AOFA, para nos inteirarmos das frustrações desta Associação em fazer chegar os seus argumentos ao Sr. Ministro, Secretário de Estado e assessores.

Mas, muito mais grave, é o incumprimento da Lei Organica nº 3/2001, de 29 de Agosto, que estipula o direito das Associações em serem ouvidas:



Serem ouvidas! Nem seria preciso tomar a iniciativa, deveriam ser convocadas!


Ou será que no processo em curso de reestruturação das Forças Armadas, o tema é tão sigiloso que "aconselha" a que não se cumpra a Lei.


A acusação do Sr. Ministro vai ser repetida de café em café, de casa em casa.


Os previlégios dos Oficiais Generais, são oportunamente colocados nas páginas do Correio da Manhã, como se os generais que gerem a economia e a especulação deste país, não se rissem dessas "mordomias". E como se as F.A. portuguesas fossem apenas constituídas por pelotões de generais e almirantes, apoiados por alguns "servidores".


Estas F. A. precisam de uma profunda reestruturação. Talvez determinados responsáveis das F.A. se tenham egoisticamente acomodado, previligiando os seus objectivos de carreira e tenham ficado à espera que a reestruturação fosse feita de fora para dentro.


Em termos de direitos e deveres, foi, em tempos, efectuado um estudo que estabelecia uma comparação dos militares com outras classes profissionais. Não sei se esse estudo precisa de ser actualizado, mas as limitações revindicativas dos militares, com estatuto totalmente dependente de um critério político que tende a esquecer o elo mais fraco da luta revindicativa, implicam critérios objectivos que as situem, justamente, no quadro de outras profissões de referência.


Porque, ao contrário do que muitos pensam, outros ameaçam e alguns receiam, as armas não fortalecem qualquer corporação. Mesmo nesta democracia.






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