05/05/08

O regresso do Muleta Negra - Olé!


O Muleta Negra foi o célebre aficionado que se postou à entrada do Campo Pequeno nos anos 70, fazendo greve de fome para o deixarem tourear. (Afinal a Pide até deixava haver greves...)

Em pleno séc XXI , percorrendo triunfante uma alameda de bandeiras negras de fome e desigualdades, Sócrates virá a necessitar de uma muleta para continuar a desempenhar o papel que o capitalismo lhe reservou, uma vez que o golpe de "tu-rua" que Ferreira Leite lhe prepara, não passará de um significativo susto.

Então, rodopiando numa série de chiquelinas, verónicas e vistosas revoleras, entrará em cena o renascido Muleta Negra, nado e criado no "cimento à beira-mar plantado".
No tércio de bandarilhas, já acompanhado da sua quadrilha, prepara a estocada final.
É o gáudio entre os construtores civis, operadores portuários, pseudo-jogadores de golfe e outros aficionados de ocasião, que, de mão defeituosamente estendida, gritarão "Avé João".
A saída em ombros só não se concretizou por mansidão dos animais da sua ganadaria, o que muito enfureceu o endeusado Muleta Negra, o El Cordobés de Gamas, Cavacos e outros apóstolos da "fiesta".

Para o próximo acto eleitoral, a passadeira vermelha já está preparada para ser desenrolada no sentido Madeira-Lisboa. Muleta Negra procurará os lombos de sempre para colocar os seus pares de bandarilhas.
Por baixo dela, a passadeira rolante de euros e bulas sancionatórias, só terá o sentido Lisboa-Madeira. O povo superior, embriagado de emoção, apanhará a poeira dos cêntimos do costume.

Viva la fiesta!

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