04/02/10

Bolachinhas e águas do Luso

Os anciãos do rectângulo e perigosos microcosmos adjacentes, reuniram-se solenemente.
Tudo correu ao gosto do Presidente - morno, fechado e cheio de sinais.

O texto final deixou nos portugueses um largo suspiro de alívio:
“O Conselho de Estado reunido hoje faz votos para que predomine na Assembleia da República o espírito de compromisso e de diálogo paciente e frutuoso que permita ao país enfrentar os desafios estruturais que tem à sua frente".

Os portugueses perguntarão se foram precisas 5 horas para chegar a este estrondoso consenso.
Na mesma linha esclarecedora, Sócrates declarou, à saída, que "correu muito bem" e Cardoso Jardim proferiu qualquer coisa sem sentido.

Ficaram os tais sinais.
Acalmar os ânimos, aguentar Sócrates (que jura nunca ter dito que saía), aguentar a derrapagem da dívida pública e da bolsa de Lisboa, sem esquecer de aguentar o cisma da Madeira.
Muito bem.
Mas fica o contra senso do Presidente ter afirmado recentemente que o estado das finanças públicas empurram o país para "uma situação explosiva".


Sinais contrários ... apesar de ponderados, ponderados, ponderados.



Então o que sobressai desta cimeira de anciãos?






Cavaco Silva e José Sócrates olham para o mesmo lado
numa comunhão de salvação nacional










A mensagem de austeridade e bom senso passada ao país, de um grupo de anciãos conversarem amigavelmente durante 5 horas, alimentados a bolachinhas e água do Luso.






A pergunta:

- Se o artº 142º da Constituição estipula que o Conselho de Estado é também "composto por cinco cidadãos eleitos pela Assembleia da República, de harmonia com o princípio da representação proporcional, pelo período correspondente à duração da legislatura", qual a razão porque 20% da representação parlamentar (BE/CDU) não está lá representada?

Ah, sim, era uma reunião amigável de anciãos ...

1 comentário:

José Leite disse...

Pôr água numa fervura tão brava já não dá...
Talvez fosse melhor pôr vinho!...

Estas águas turvas em que o país mergulhou sao o espelho das cúpulas que temos!...
Os maus exemplos vêm de cima!

Por acção... por omissão... ou, pior ainda, por conexão!

Add to Technorati Favorites

Contador

O poder da mente

O poder da mente
Nós os iluminados

Arquivo do blogue

A vitória do Ponto e Vírgula

Ressuscitemos a célebre exclamação - "Isso agora, ponto e vírgula".
Esta frase de cariz popular, representava uma forma simbólica de dizer que levantava muitas objecções e exigia explicações a algo que lhe merecia desconfiança.
Regresse o "ponto e vírgula" como forma de dizer BASTA!

Apareçam sempre por aqui!

Na dita Madeira profunda

Na dita Madeira profunda
Bela homenagem (Março 2004)