17/02/08

Ainda as urnas sem cidadania

Dado que muitos daqueles que têm a paciência para ler este blog, estão ligados à "coisa" política, mais concretamente à área autárquica e jornalística, considerei oportuno transcrever a parte essencial do comentário que Luís Costa Correia (L.C.C.) fez ao "post" - Matar o exercício da cidadania, entregando-lhe apenas as urnas".

Critiquem, concordem ou explorem no local adequado, conforme vos aprouver.

Excerto do comentário de L. C. C. :
(...) não referi ainda o paradoxo que decorre da eventual aplicação do projecto de Lei em causa:

- admitamos que num concelho há 5 forças políticas com representação semelhante;

- a mais votada obtem 20% dos votos, e as restantes cerca de 19% cada;

- como poderá haver queda do executivo caso a Assembleia Municipal aprove uma moção de rejeição se esta obtiver 60% de votos favoráveis,

- o Presidente da Câmara Municipal, se quiser que o seu executivo governe sem sobressaltos, terá que escolher uma vereação e um programa de acção que seja apoiado por mais duas (quiçá três) das cinco forças políticas representadas...

- Ou seja, o "sonho" de escolher apenas vereadores da força política vencedora esvai-se em fumo, sendo assim lícito interrogarmo-nos sobre se valeu a pena tanto trabalho parlamentar quando teria bastado apenas a instituição do princípio das moções de rejeição e a outorga de melhores meios de actuação e fiscalização às Assembleias Municipais.

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