25/01/12

Um voo pela Justiça

Imagine-se num cenário em que é convocado pela Justiça como testemunha de uma zanga de moradores que nem sequer conhece.
Não fazem parte das atribuições de um presidente da direcção de uma Associação de Moradores empoleirar-se no roupeiro do quarto dos associados a vigiar as suas intimidades, nem a controlar agressivos jogos florais entre vizinhos do aldeamento.
Bem, mas sem qualquer abordagem prévia por parte de quem indicou o meu nome, lá fui convocado pelo Tribunal.
Tiro na água! Esqueceram-se de avisar-me que a minha imprescindível participação tinha passado para a semana seguinte ...
Finalmente, hoje, lá me apresentei às 09.30 no átrio das audiências.
Seguem-se 3 horas de espera naquele frigorífico. O Expresso lido, incluindo o guia imobiliário, o sudoku e algo que eu sempre procuraria avidamente - o dia a dia de Sócrates em Paris, nomeadamente quantas bicas toma, se dá os bons dias quando entra no café e outras brilhantes revelações para encher papel.
Às 12.30 um alto funcionário grita o meu nome e informa que já não sou preciso para nada.
A cidadania em Portugal só tem uma face. A das obrigações.
O respeito pelos cidadãos segue na peugada do exemplo do Presidente desta República. Um mero esgar de coisa nenhuma.


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