07/02/12

Estado Social na clandestinidade

O binário Merkosy largou os cães e oferece-nos um novo alvor do capitalismo, qualquer coisa como o PITBULLISMO.
A consagração legal do défice de 0,5% constitui uma desgraça social e o fim do sonho de qualquer desenvolvimento económico.
Mas não só!
É uma verdadeira contra-revolução que levará o Estado Social a passar à clandestinidade!
De mansinho ou à bruta, conforme a vítima, vão banalizando este estado de excepção, "custe o que custar" como diz o vice-rei Passos Coelho deste protectorado, rectangular para uns e obtuso para outros.
Para além de tudo o mais, há uma grosseira estupidez nas actuais opções. É impensável que o afunilamento do desenvolvimento económico, à custa da negociação de exércitos de desempregados (15 mil funcionários públicos na Grécia) não traga a revolta social. É preciso dizer às pessoas que o caminho é ESTÚPIDO!

Mas o binário Merkosy não vagueia sozinho.
- A resignação passeia de autocarro às 6 da manhã, com as novas proletárias a assimilarem a intoxicação televisiva que lhes vende o sentimento de culpa colectiva
- Temos pobres contra pobres, disputando o quinhão de dignidade que lhes é atirado precariamente
- O desespero encontrado na satisfação de um trabalho que lhe paga a renda da casa e o direito a respirar gratuitamente. "Pouco é melhor do que nada" rematam de olhar no chão.
- O populismo à solta neste país, antecipando a cerimónia fúnebre da Democracia
- O PS que não está no governo (enquanto não entrar em novo bloco central) mas que não pode estar na oposição, agrilhoado ao acordo com a Troika
- A Nova Ordem Europeia que celebra 2 governos nacionais sem qualquer escrutínio
- A mesma Ordem que dança ao som da música da ditadura dos usurários

E agora, quem enfrenta este pitbullismo?
- Tal como farão outros partidos de esquerda na Europa, é necessário aprovar no Parlamento um projecto de resolução para que o tratado europeu orçamental seja rejeitado. O mecanismo é discriminador dentro dos países da UE, não resolve os problemas da economia nem do crescimento e assegura as desigualdades entre os Estados mais poderosos e mais fracos. Tão só!
- É precisa uma maior articulação entre os partidos de esquerda, com risco de serem acusados de só olharem para o seu próprio umbigo.
- A Democracia não se esgota nos partidos. É preciso acreditar nos sectores menos frequentadores da disputa política, como os indignados e outros movimentos de revolta
- Os partidos, grupos organizados com maior imagem mediática, têm de reinventar-se. A população já não escuta ladainhas. Têm de dizer que "a austeridade cheira mal da boca". Têm de dar palco a jovens protagonistas e a novos protagonistas. É preciso dizer às pessoas algo que elas ouçam.

Ou então, regressemos à clandestinidade e masturbemo-nos com o regresso dos bons velhos tempos!









1 comentário:

Anónimo disse...

Ás vezes volto e quando volto visito os amigos...

Só para dizer olá!

Abraços imperfeitos

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