Em 1974 um golpe militar ocorreu no dia 25 do mês de Abril.
A adesão popular encaminhou-o no sentido da democracia, num processo de avanços e recuos até aos nossos dias.
As "conquistas de Abril", estandarte do PCP, foram consolidadas e "devidamente" controladas.
Aceitemo-las ... por agora!
Vem isto a propósito do nosso quotidiano e duma recentíssima experiência pessoal.
Ainda existem bastiões de resistência às ditas conquistas de Abril. Entrincheirados no santuário dos seus gabinetes, brandindo o fantasma da doença, reinam na camada mais frágil da população - ei-los, os Senhores Doutores!
Os Senhores Doutores, não confundir com médicos, embora ostentem os mesmos diplomas e nos agridam como tais, divertem-se com a sua arrogância e prepotência.
As vítimas, na sua maioria, os mais velhos e mais vulneráveis dos bairros dos subúrbios, submetem-se a esta espécie de domínio feudal sobre as suas próprias vidas.
Obrigado, Sr. Doutor, queira desculpar Sr. Doutor e Deus lhe pague Sr. Doutor.
Até mesmo alguns recem-licenciados, já trazem colado à pele, o dom assumido de vida ou de morte sobre os fantasmas humanos que enchem as salas de espera dos consultórios e dos hospitais.
35 anos depois do referido golpe, é tempo de assumirem os seus direitos de utentes de um serviço que eles e todos nós pagamos.
É tempo de endireitar a coluna e lembrar aos Srs Doutores que a arrogância e a prepotência não fazem parte da lista de prestação de serviços para que foram contratados.
Aos médicos que fazem da sua profissão uma devoção e aos médicos que simplesmente são médicos, os melhores votos para que continuem do lado de cá da Democracia.
1 comentário:
Os poderosos só nos parecem grandes quando nos pomos de joelhos. Os médicos só têm esse estatuto porque têm uma Ordem que zela pelos seus interesses corporativos, nomeadamente "impedem" a formação de excesso de médicos. Neste contexto são uma corporação medieval (guilda). Os professores também já tiveram esse estatuto mas com a massificação do ensino e o excesso de professores no mercado de trabalho perderam-o!
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