Bruxelas faz uma peregrinação semanal de louvor a certos e determinados deuses.
Todas as 5ª feiras a peregrinação dirige-se pelas ruas da cidade em direcção ao aeroporto.
Os peregrinos seguem de carro, trajam de cerimónia e carregam pastas negras como adereço indispensável.
Eles e elas amam os deuses que guiaram a mão do povo.
São os deputados europeus, os nossos deputados europeus.
Desfeita a peregrinação, o caminho de casa é feito no voo TP 607.
Capoulas Santos e Edite Estrela, separados do povo por um cortinado pouco socialista.
Alimentação e tratamento especial, porque 2 dias de trabalho dourado deixaram-nos esgotados.
Mais atrás, arriscando a vida no meio do povo, a Ministra das Finanças do PSD mas não do país.
Entre ela e o povo, uma cortina de assessores ou quejandos.
Os quejandos falam alto sobre assuntos que o povo perceba - avó que faz massa sovada e bolos lêvedos, etc.
O povo sente-se mais próximo destes do que dos outros.
Passos Coelho mandou os governantes para a classe popular. A direita é vesga mas não é parva.
Para retalhar o povo é preciso ganhar-lhe a confiança.
Os deputados europeus, neste caso socialistas, só precisam de descer ao povo dentro de alguns meses.
Durante o próximo período eleitoral, voltarão a estender a mão para renovarem o bilhete executive para Bruxelas.
O voo TP 607 desapareceu do radar da democracia. Mudará o rumo quando o povo acordar!

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