21/01/13

Clarinho como a Branca de Neve

Os portugueses adoram o mar.
Adoram também vogar ao sabor das ondas.
Infelizmente não é apenas nas férias de Verão na Costa da Caparica, último refúgio dos que teimam ir a banhos.

Trocam-se milhares de emails referindo as fugas ao fisco do Salgado, a reforma milionária do Jardim Gonçalves e as férias excêntricas do .Dias Loureiro.
Vendem-se florestas de jornais com as falcatruas académicas de J. Sócrates e do Relvas.
Angustiamos os nossos amigos com os iscos tributários de Passos Coelho com o beneplácito do FMI & Cia.

E fazemos muito bem
Porque em Portugal ainda há vítimas que se autoflagelam em sentimentos de culpa.
Porque ainda acreditam que o grau académico de Dr. o põe acima de qualquer suspeita.
Porque acreditam que o capitalismo veste o manto de Nª Sª para nos salvar do comunismo.
Porque tantos e tantas repetem superiormente "que são todos iguais".

Mas este vogar ao sabor da onda da mera denúncia social tem graves inconvenientes.
Apanhamos a petinga e deixamos escapar o cherne.

Está na altura de ir ao ninho da serpente.

Os portugueses (alguns) escolheram Sócrates e depois P. Coelho para os representarem junto da famosa troika. A serpente pôs os ovos que quis e assinaram o Memorando de Entendimento.
Agora a serpente quer mais ovos com o mesmo acordo.
Qual a legitimidade do FMI em fazer novas exigências, todas numa perspectiva de chacina do nosso (nosso!) Estado Social? Onde já vai o texto do Memorando? Onde paramos? Onde está a legitimidade política para a grande cavalgada sobre os portugueses com mais relatórios, opiniões e orientações "inevitáveis"?

Mais ainda
A Iniciativa para uma Auditoria Cidadã à Dívida apresentou o seu relatório preliminar.
O título é bem significativo - Conhecer a dívida para sair da armadilha
Para já, apresenta conclusões interessantes:
1ª - A dívida pública é uma avalanche que alastra alimentada pela recessão e a socialização das perdas privadas do sector financeiro.

2ª - A tentativa de tudo sacrificar para pagar a dívida levará o país ao declínio e ao empobrecimento, ao aprofundamento da sua dependência e à bancarrota
3ª - A dívida não deve ser paga a todo o custo. A dívida está inquinada por despesa pública ilegítima, isto é
benefícios obtidos de decisões públicas coniventes com interesses privados e perdas privadas tornadas públicas. A dívida está inquinada pelas condições impostas pela troika
4ª - A dívida pública é um garrote que está a servir para impor a Portugal um programa político não sufragado de destruição do estado social e do próprio estado de direito democrático.

Leiam e divulguem o relatório preliminar de Auditoria e a clareza do que nos é apresentado.







Tão só!!!!


Sem comentários:

Add to Technorati Favorites

Contador

O poder da mente

O poder da mente
Nós os iluminados

Arquivo do blogue

A vitória do Ponto e Vírgula

Ressuscitemos a célebre exclamação - "Isso agora, ponto e vírgula".
Esta frase de cariz popular, representava uma forma simbólica de dizer que levantava muitas objecções e exigia explicações a algo que lhe merecia desconfiança.
Regresse o "ponto e vírgula" como forma de dizer BASTA!

Apareçam sempre por aqui!

Na dita Madeira profunda

Na dita Madeira profunda
Bela homenagem (Março 2004)