Marinaleda uma pequena localidade da Andaluzia diz-nos que o fatalismo não é a única saída.
Alguns extractos da reportagem do I:
Recuperar o que é roubado ...
Há dias, os activistas do Sindicato Andaluz dos Trabalhadores (SAT), capitaneados pelo alcaide de Marinaleda, Juan Manuel Sánchez Gordillo, entraram em dois supermercados da região, carregaram uma dezena de carrinhos com bens de primeira necessidade e saíram sem pagar. Os produtos foram entregues a famílias que passam fome. A acção pretendia denunciar, segundo os seus autores, o facto de as grandes superfícies deitarem fora os produtos que não vendem numa altura que o desemprego na região é superior a um milhão e 200 mil pessoas e a fome atinge quase dois milhões e 200 mil espanhóis, segundo os sindicalistas.
Um exemplo para muitos dos nossos governantes...
Os activistas foram detidos pela polícia, posteriormente libertados e acusados judicialmente. O presidente da câmara de Marinaleda e deputado no parlamento regional da Andaluzia pela Esquerda Unida, Sánchez Gordillo, declarou aos media que desejava abdicar da sua imunidade parlamentar para receber o mesmo tratamento que os outros.
A contaminação virá, mais tarde ou mais cedo
Depois da prisão dos sindicalistas foi organizada uma “marcha de trabalhadores” que percorrerá várias regiões da Andaluzia para conseguir espalhar como um vírus as acções directas do sindicato.
Onde é que já lemos isto?
A terra concentrou-se nas mãos dos grandes proprietários, que têm como objectivo ganhar dinheiro, e não garantir emprego
Justiça ... pelo menos por umas horas
Como por magia, é dado um grito de ocupação. Cerca de metade dos marchantes corre para os portões e passa por uma zona ao lado cuja vedação tem um providencial buraco. Rapidamente, dezenas de pessoas entram. Atravessam um enorme jardim. E detêm-se em frente ao Palácio de Moratalla. Aí toma a palavra o porta-voz do SAT, Diego Cañamero (ver entrevista ao lado), que denuncia que a propriedade, de uma nobreza que viveu à sombra do franquismo, estava a ser transformada em hotel de luxo e que os seus proprietários deviam dinheiro aos trabalhadores e empresas que tinham feito as obras.
Só para matar saudades da República...
Os fotógrafos e as televisões registam este momento simbólico da ocupação em que os mais pobres se banham nas águas de um hotel de luxo.
A luta não é fácil
O meu patrão acha que toda a gente de Marinaleda é ladra. O problema é que, muitas vezes, o ponto de vista do patrão influencia os empregados
O MODELO DE MARINALEDA É EXPORTÁVEL PARA QUALQUER CIDADE
Veja aqui o artigo completo
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