30/11/08

Exaltação monolítica


O Congresso do PCP foi, do meu suspeito ponto de vista, confrangedor.

Confrangedor pela previsibilidade da intervenção de Jerónimo de Sousa e pelos inimigos a abater que foram escolhidos.

O «partido como vanguarda», rodeado de uma corja de «anticomunistas», repete-se em cada Congresso.

Este pobre país com gente muito rica, precisa de um PCP que, solidariamente com outros que pensam de maneira diferente mas têm objectivos de esquerda, coloque os interesses dos explorados acima de "vanguardas" estáticas no tempo.



28/11/08

A lixeira da Democracia

http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=10415

E o ódio continuará a florescer

O terror veio do mar, realizou uma operação relâmpago durante várias horas e matou indiscriminadamente.


Segue-se a actuação do poder político nacional e internacional, dando continuidade aos objectivos terroristas:
- Incremento da tensão com o Paquistão, agressões internacionais "legitimadas" pelo combate ao terrorismo, repressão indiscriminada sobre grupos minoritários, investimento no estado policial, intensificação de acções especulativas cirúrgicas e oportunismo em explorar áreas turísticas alternativas.
E o esforço económico para reduzir as condições de recrutamento de novos terroristas, novamente adiado...

24 de Abril, sempre!

Vá lá, arranjem coragem e libertem os vossos sentimentos.

Já odeiam o 25 de Abril, já toleram o 25 de Nov, instituam o simbólico e saudoso 24 de Abril.


27/11/08

A Mesa B


Parece que ando a fazer o périplo da desgraça, mas não, é apenas o circuito do quotidiano.


Ontem fui pedir um documento na Conservatória do Registo Civil de Almada.

Eram 14 horas quando entrei no pequeno espaço de atendimento com 5 cadeiras. Estariam lá umas 20 pessoas.

Cliquei para obter a senha de atendimento respectiva.

64 Mesa B

Olhei para o quadro electrónico

18 Mesa B

Alguns sorrisos irónicos das outras vítimas.

Não percebi.

Fui ficando esclarecido.

Eram 8 mesas de atendimento, mas só 2 em funcionamento.

Os meus outros "colegas" para a Mesa B, estavam lá desde as 9 horas

Fora da Conservatória, passeariam por Almada mais umas 20 ou 30 pessoas com a preciosa senha da Mesa B, no respectivo bolso.

A penúltima pessoa a ser atendida esteve na Mesa mais de 2 horas - o sistema informático fora, mais uma vez, "abaixo".


Nem tudo parecia mau. Como não havia televisão, nem computador, as pessoas comunicavam, falavam com o vizinho e partilhavam a vida.

Desilusão.

«Estou aqui, mas tenho a minha irmã com um cancro em estado terminal»

«Tenho de estar sentada, porque fui operada e correu assim, assado e frito»

«Conheço um chá que me baixou o colesterol»


De repente, uma pequena felicidade passou pela cara das pessoas.

«Sente-se aí e quando se lembrar do ano de nascimento da sua senhora, diga-me». Um velho de etnia cigana sentou-se e a lista de espera deu um passo em frente.


Fui juntar-me aos que andavam a passear por Almada com uma valiosa senha da Mesa B.

Amanhã, uns voltarão, outros serão substituídos.

Talvez amanhã o sistema informático funcione, porque o outro "sistema" está moribundo!

25/11/08

Para a próxima temos de escolher os amigos com mais cuidado

Jaime Neves no regresso de Álvaro Cunhal a Portugal em 1974


Comemoram-se hoje 33 anos que «foi reconstituído o espírito do 25 de Abril», segundo a voz do ressuscitado General Pires Veloso.

Se o «espírito do 25 de Abri» passava por «obrigar os comunistas a fazer as malas e viajarem para África», segundo palavras de Jaime Neves, mais valia que o Otelo tivesse ficado na caserna a jogar às cartas...


Como, para mim, não foi dia de festejos, aproveitei para ir ao Centro de Solidariedade Social, em Almada, para tratar de papéis de uma pessoa brasileira.

Às 11.30 já tinham recolhido a distribuição de senhas de atendimento para o dia, por excesso de procura. Na verdade parecia dia de feira em poucos metros quadrados. Nos 5 minutos que lá estive mais 5 pessoas bateram com o nariz na máquina das senhas.


Segui para o hospital de Almada, onde uma amiga de família iria ser internada para lhe ser retirada uma mama. Finalmente! Isto após alguns meses em que a "entretiveram" com sessões de quimioterapia, porque não havia vagas para ser operada no hospital público. Se fosse lá fora, no privado...

Afinal o anestesista ficou muito zangado (contra quem?) porque os exames de preparação já tinham caducado. É só recomeçar tudo de novo e ter mais cuidado...


Limpem as mãos às paredes, vencedores do 25 de Novembro!

E se o 25 de Abril da Grândola - Vila Morena tivesse vingado?

Nunca o saberemos, mas prefiro a dúvida a estas certezas!

24/11/08

Charutadas



Os revolucionários, como eu, não cumprem as leis inflacionadas, regulamentárias e limitativas da liberdade!!!!!!! - Cardoso Jardim


Perguntamos nós:


- E quem define quais são as leis inflacionadas, regulamentárias e limitativas da liberdade?


- EU


- E antes do 25 Abril, também não cumpria as leis limitativas da liberdade, ou cumpri-as escrupulosamente?




Jardim armado em Coelho Sabido


Certamente impressionado com o mediático desempenho do deputado do PND, que além de o ofuscar durante uns longos dias ainda pôs a nu os piores instintos anti-democráticos dos deputados da maioria laranja, Cardoso Jardim decide seguir as pegadas do Coelho.


Façamos-lhe então a vontade de reaparecer em todo o seu esplendor, fazendo da decadência política a arma que o põe na comunicação social:


- Este governo do Partido Socialista «faz lembrar a máfia siciliana»


Diz ainda que se está à direita de Sócrates, este é «fascista».

Dirão as virgens, que saltitam pelo jardim da 5ª Vigia, que isto não é chamar fascista ao 1º Ministro.

Esperteza de quem engana "vilhão" à saída da missa!

Será o mesmo que o Fúria do Cajado chamar gorduroso aldrabão do povo madeirense a Cardoso Jardim, se ... ele se alimentar todos os dias.


Mas não. Não enveredamos por linguagem politicamente nojenta. Podem os juristas-assessores de serviço regressar aos seus postos de vigia.


Para finalizar uma pergunta saudavelmente impertinente:

- A Fúria do Cajado, sem querer pôr-se em bicos de pés, está sempre atenta para criticar corrosivamente as desastradas atitudes políticas de Cardoso Jardim.

Porque será que este continua a fazer queixinhas e não assume atitudes frontais que a Democracia legitima?

23/11/08

Banqueiro não come chouriço

Indiciado por sete crimes e ter lesado o BPN em centenas de milhões de euros, Oliveira e Costa é considerado um "preso especial".

O Sr. Dr. Juiz mandou o Sr. Dr. Banqueiro para um estabelecimento prisional considerado uma verdadeira área VIP no sistema prisional.

Tudo de acordo com a sociedade que temos. Tudo no seu lugar!


Um outro Sr. Dr. Juiz, em Águeda, tem entre mãos um caso diferente. Um facínora da pior espécie, ainda por cima imigrante, pior ainda ilegal, o que significa que praticamente não existe, foi apanhado pela GNR a roubar chouriços.

A sociedade exige que seja amontoado no calabouço mais próximo, onde terá o tratamento, este sim, comum aos que roubam na nossa terra.


Se a sombra partidária deixar um dia de proteger outros "especiais", serão necessárias várias alas do Palácio de Queluz, para o devido tratamento VIP, que lhes é reconhecido.

Até lá, vamos condenando os ladrões de chouriços!


22/11/08

Já não chegou para os idosos




Quem não deve ter ficado espantado com a prisão preventiva, foi Oliveira e Costa, que já tinha, atempadamente, feito a sua mala e o baú da mulher...


Será que ambos ficam espantados com a notícia de que a média dos 25 países da CE gasta o dobro de Portugal, em despesas com idosos?

21/11/08

O país das oportunidades


Não se pode dizer que Portugal não seja um país de oportunidades.

Quando um jovem sai de Esgueira à procura de emprego, "sobe na vida a pulso" e vem a ser patrão de 25 de empresas e presidente de um banco, depois de um bisquate como Secretário de Estado, é porque só não sobe na vida quem não tiver grandes e bem colocados amigos, os quais são demasiado espertos para sujar as mãos, deixando tal tarefa para os tais que sobem a pulso.


Vamos esperar calmamente, mesmo muito calmamente, talvez mesmo durante anos, que este Oliveira e Costa seja castigado em vida terrena.

O produto do roubo já está em boas mãos, graças a um oportuno divórcio e a uma lei permissiva.

Agora é o tempo dos advogados e da comunicação social retirarem os seus lucros do circo que está a ser levantado.

Os grandes amigos vão mandar-lhe flores e recados. Depois vão comprar as prendas de Natal e esperar por outros que querem subir na vida a pulso. Se a corda partir com o peso dos milhões, o maldito Estado lançará o seu véu protector.

O país das oportunidades não pode parar!

20/11/08

Não deixem morrer o capitalismo


Quinze executivos de grandes firmas financeiras e construtoras dos EUA levaram consigo, cada um, mais de 100 milhões de dólares em compensações e dividendos de acções, enquanto se estava a desenvolver a actual crise de mercados (The Wall Street Journal).


Servido por intérpretes como estes, sagazes e dotados de elevado espírito de sobrevivência, o capitalismo tem de sobreviver, perpetuando a legião de servidores destes novos Césares.

19/11/08

PSD coreano desce montanha russa

Vasco Graça Moura, um intelectual que dá suporte ideológico à política do PSD:

Este Governo é de uma insensibilidade total aos problemas dos portugueses. Quer concentrar o poder e perpetuá-lo nas suas mãos. Não recua perante nada para atingir esses objectivos. Vivemos numa torpe ditadura da maioria.

É claro que esta «ditadura da maioria», se ultrapassar os 30 anos de governo ininterrupto e tiver por intérprete Cardoso Jardim, passa a designar-se poder legitimado pelo voto de um povo que idolatra o seu "querido líder".

Se a esta contradição do escritor, acrescentarmos as piadas de Manuela Ferreira Leite, sobre a suspensão da Democracia, fica explicada a vertiginosa descida pela "montanha russa" em que caíram as sondagens do PSD














17/11/08

Mia Couto à procura do "Homem novo vinda da mata" do Zeca Afonso


E SE OBAMA FOSSE AFRICANO?
Mia Couto

Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: " E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.

16/11/08

Ele quer é namorar


Manuel Alegre parece respirar hesitações e dúvidas:

- «Dificilmente» será candidato nas próximas eleições legislativas

- Está «num período de reflexão» para participar numa campanha ao lado de Sócrates


Mas essa será uma leitura simplista.

Manuel Alegre e o seu staff terão uma estratégia, que certamente passará por derrubar esta linha pseudo-socialista instalada no poder.

Contudo, sabemos que Manuel Alegre só será notícia enquanto falar de dentro do PS. Depois, será apenas um ancião que não gosta deste governo.


Alegre vai ter mais iniciativas com o BE, ainda mais mediáticas que a do Trindade. Sem constituir uma "união de facto", tem a vantagem de não dar em "divórcio litigioso", o que é sempre nefasto para os intervenientes.

Nem o BE pretende outro Sá Fernandes, uma "noiva" de cama fácil, nem Manuel Alegre quer perder o "amor da sua vida", para ir atrás de quem não lhe pode dar uma vida fácil e politicamente faustosa.


Por outras palavras, o poeta quer entrar numa longa dança nupcial, sem consumação. E está no seu direito!

Faz-me lembrar o camarada de Marinha que, em palco estrangeiro, surpreendeu a sua "prometida" com uma peremptória posição:

- Não, não, eu quero é namorar, porque fazer amor, isso faço em casa...

14/11/08

O quarto Rei Mago



Votou Sócrates? Então reze 10 avé-marias e 20 padre-nossos, mas não volte a repetir a maldade


Votou Cavaco Silva? Se for banqueiro vá a Fátima agradecer o momento de lucidez que teve. Caso contrário, rentabilize o seu eleito e ponha-o no seu presépio de Natal.

13/11/08

Afogada pelo partido


Manuela Ferreira Leite afirmou que rejeita tornar públicas desde já as suas ideias "porque até às eleições eram todas adoptadas por este Governo socialista".

Demasiado espantoso para que o Cajado não repita:

- Não torna públicas as suas ideias para não serem aproveitadas pelo Governo!!!!

A comunicação social fez-lhe referência, mas não vi nenhum jornalista ou nenhum crítico ficar com os cabelos em pé.
É espantoso como se assumem publicamente os interesses exclusivos do partido, dando como descartável o interesse do país.

O objectivo passa a ser o partido, constituindo o país o instrumento para os políticos se degladiarem.

Se o governo que gere este rectângulo aplicar as minhas ideias, isso é péssimo!!!!

Pobre cidadão e pobre cidadã, que, por erro ou omissão, entrega os seus destinos em políticos deste calibre.

Que a Fúria do Cajado caia sobre eles!

O privilégio de seguir no carro-vassoura

Retirado do quadro comparativo entre remunerações base dos militares e outros corpos especiais do Estado



Em 1979 um Coronel tinha um vencimento semelhante ao das categorias das profissões de referência.
Em 2008 um Coronel só consegue avistar o Dirigente da Função Pública, os outros já os perdeu de vista.


Vejamos outro quadro (novo sistema retributivo), no qual se estabelece comparação entre o vencimento de alguns postos militares e o vencimento de docentes universitários, docentes do ensino superior e politécnico, professores do ensino básico e secundário, de elementos da polícia judiciária e bombeiros.


O CEMGFA (no pico da hierarquia) tem um vencimento inferior a um magistrado com 18 anos de carreira


Um General está ao nível de um Professor-Adjunto do ensino superior e politécnico




Contudo, são as Praças que constituem a maioria dos elementos das Forças Armadas. Grande parte da sua vida militar é feita nesta categoria.
A base da carreira de Bombeiro está acima da esmagadora maioria das Praças e dos Furriéis.









Esta amostra não tem uma base de inveja ou de pôr o odioso de privilégio em outras profissões.

Estando os militares limitados no seu direito a greve e reivindicações, parece que o único critério justo para terem um vencimento equilibrado, será manter o devido nivelamento com as chamadas profissões de referência.

O resto são tiros na água...

A realidade das boas notícias


A boa notícia: - O subsídio de refeição aumenta 4%

A realidade: - O subsídio de refeição aumenta 0,04 euros...


A boa notícia: - Cavaco Silva disse que o Parlamento da Madeira tende à normalidade

A realidade: - Nem Cavaco Silva teve autorização para lá entrar, o que já é considerado normal.


A boa notícia: - Cavaco Silva lembra que manifestação (dos professores) é um direito constitucional

A realidade: - Ninguém se tinha lembrado disso!


A triste notícia: - Constâncio quando já sabia que o BPN se encontrava insolvente, com uma insuficiência de 800 milhões de euros, autorizou, em Julho, que os accionistas em vez de colocarem dinheiro seu no aumento de capital do BPN, recorressem aos depositantes do banco para se financiar.

A realidade: - Vítor Constâncio não se demite e defende que não houve falha de supervisão no BPN
Se temos a alegre ficção, para que queremos a triste realidade...

300 mil descartáveis



Os reformados da Função Pública com pensões superiores a 611 euros vão descontar sobre 14 meses para a ADSE, depois de o ministro das Finanças ter garantido em Abril que a situação, considerada "injusta" pelo provedor de Justiça, seria corrigida.


Compreende-se:

- São uma cambada de improdutivos que não podem entrar na estratégia economicista de J. Sócrates

- Mesmo com a progressiva privatização da saúde pública, continuam, teimosamente, a aumentar a esperança de vida

- Já não são muito susceptíveis a argumentos de última hora que lhes faça mudar as suas escolhas eleitorais


O Ministério das Finanças "clarifica":

"O ministro disse apenas que a situação seria analisada, discutida e corrigida" e que com esta decisão "foi corrigida a disparidade", dado que a partir de Janeiro tanto pensionistas como novos trabalhadores descontarão sobre 14 meses.


Que grande fantochada!

Só falta o Provedor de Justiça vir dizer que quando falou em «injustiça», estava a referir-se aos novos trabalhadores, os quais também deviam pagar...


Sócrates tem que passar a gritar aos nossos ouvidos, porque mentiras proferidas com um artificial sorriso televisivo vão engrossando as fileiras daqueles que já não o respeitam, quanto mais entregar-lhe o voto!

Contudo, aguardemos pela inevitável ofensiva das Agências de Comunicação, para nos esclarecerem que os cowboys são bons e os índios são maus.

Aguardemos também pelo resultado das últimas benesses governamentais à Igreja, para também eles nos esclarecerem que os pobres são bem-aventurados e que terão a devida compensação no reino dos céus!


12/11/08

Culpas sem desculpas

Autarca de Fafe, que levou com os ovos dirigidos à Ministra Maria de Lurdes Rodrigues, pede desculpa à Ministra.

Curiosamente, não foi por se ter metido à frente dela...


De qualquer forma, é uma atitude que poderia ser seguida por muita gente.

Quando é que:

- A Ministra da Educação pede desculpa aos 120 mil professores, por ignorá-los e desrespeitá-los?

- O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social pede desculpa aos reformados, por não cumprir as promessas que lhes faz e os obriga a descontar para a ADSE, 14 vezes por ano, ao contrário dos trabalhadores no activo?

- O Ministro Mário Lino pede desculpa a quem o ouve, por dizer o que diz?

- O Ministro da Economia pede desculpa por juntar um discurso incoerente a uma prática eticamente reprovável?

- O Ministro das Finanças pede desculpa aos portugueses, por ter escondido a triste realidade da banca nacional?

- O 1º Ministro pede desculpa a todos nós, por nos querer fazer acreditar que existe um socialismo inevitavelmente capitalista?

- Os madeirenses pedem desculpa por ter eleito Cardoso Jardim?


Queremos pedidos de desculpa, não queremos desculpas!

10/11/08

Erasmus graduado em Coronel




Acho um exagero. Por mim fazia só uma troca de regalias!

Mesmo que Sócrates ficasse limitado a receber oficiais da Marinha do Luxemburgo


A única com o passo certo

No final do desfile de juramento de bandeira dos cadetes do meu curso de Escola Naval, havia uma mãe que jurava a pés juntos, que o seu filho era o único que ia com o passo certo, todos os outros iam com o passo trocado.

Não, não se chamava Maria de Lurdes Rodrigues!






09/11/08

Governo de sentido único

Diploma que concede à banca garantias até 20 mil milhões de euros:


«Foi talvez o diploma elaborado com maior rapidez alguma vez em Portugal», declarou Cavaco Silva.


Diploma para corrigir os descontos nas pensões de mais de 400 mil reformados da função pública:


Em Abril deste ano, o Governo prometeu que os reformados deixariam de descontar 14 vezes por ano para a ADSE, reduzindo para 12 como acontece com os funcionários no activo.

Até agora o Governo não teve tempo!


Este Governo rege-se pelo Código da Estrada: - Prioridade sempre a quem se apresenta pela direita ...

08/11/08

Avé, Coelho, eu te saúdo


Haverá acção mais condenável do que retirar a vida a outro ser humano?

Então porque será que a História está repleta de heróis de guerras, que mataram à fartasana e assim salvaram Pátrias, ideologias e até conceitos religiosos?


Porque as acções aparentemente mais condenáveis, devem ser analisadas no tempo, no local e no contexto histórico.


É por isso mesmo que eu compreendo a atitude do deputado madeirense, no pressuposto que utilizou argumentos condenáveis como derradeira arma para chamar a atenção, deste país sonolento, para o cancro da Democracia, que é a situação política na Madeira.

Qual foi a reacção do cancro?

Dar razão ao deputado. Aquela que devia ser a Casa da Democracia na Madeira, respondeu com uma ilegalidade. Mais explicações, para quê?


A guerra é o último argumento dos políticos.

Chamar fascista aos adversários políticos, nem sequer é o último argumento, é pratica corrente do "governador"!


Tenho pena de não ter sido contemporâneo de José Manuel Coelho, o deputado que descobriu o segredo: - Utilizar as armas do adversário para o combater!

07/11/08

Coelho de olho bem aberto chega à ilha das ovelhas


Ontem, o Coelho entrou no repasto dos comentadores da nossa praça.

Embora haja comentadores de serviço para todos os gostos (e bolsas...) creio poder dizer que, embora se esforçassem na busca de explicações originais, na verdade, todos cairam nas mesmas ideias:

- Houve um grave atropelo das regras democráticas, quando um deputado é impedido de exercer o seu mandato, perante a passividade das forças de segurança (leia-se os seus responsáveis)

- O deputado teve um comportamento de «palhaço», que não serve quaisquer objectivos e ninguém compreende o interesse das suas "palhaçadas".


Os nossos comentadores de profissão, não tirando o olhar do seu próprio umbigo, não se aperceberam que eles próprios e os meios audiovisuais onde trabalham, constituíam o objectivo.

Durante um dia inteiro, o "Portugal dos pequeninos" (no seu ponto de vista) olhou para a Madeira e viu Cardoso Jardim ser apanhado pelas próprias armas que utiliza - o ridículo, o escárnio e a ofensa.

Haverá imagem de maior impacto do que aquela passada num telejornal, abordando as atitudes do deputado e ao mesmo tempo mostrando Cardoso Jardim, no Parlamento, no mesmo local do crime, a vomitar repetidamente a palavra fascista?


O "Portugal dos pequeninos" muda de canal quando o "Portugal pensador" debate entre si ou entre em longos monólogos, sobre a falta de democracidade na Madeira.

O "Portugal dos pequeninos" rebola-se de gozo com a "palhaçada" do Coelho, mas fica a saber que, na Madeira, são cometidos abusos de autoridade e se prestarem mais atenção, perceberão que a "palhaçada" é outra e tem graves consequências nos outros "pequeninos" de uma ilha que adora um ser supremo!

06/11/08

Primeiros chuviscos em Washington




Rahm Emanuel, o Secretário-Geral da Casa Branca escolhido por Obama, reparava tanques de guerra em Israel em 1991. Como profissão de fé!

Já conhece a Casa Branca, tendo sido um dos principais conselheiros de Clinton.

Significará que Obama já escolheu o tipo de política em relação ao problema do Médio Oriente?
Então, a previsão meteo é de agravamento do tempo ...

Estado de direito ou Estado de direita?


Alberto João Jardim acumula a pensão de reforma da função pública de 4124,07 euros com o vencimento de presidente do Governo Regional.


Os deputados da maioria PSD/Madeira aplaudiram de pé, no Parlamento madeirense, estas declarações inqualificáveis.

Quando o deputado do PND, os apelida de fascistas, por palavras e símbolo nazi, suspendem-no e impedem-no de entrar no Parlamento.

Acusam-no de propaganda (?) nazi !!!

Vou processar a RTP por apresentar filmes históricos com a bandeira nazi ...

Vou processar os museus com temáticas sobre a 2ª Guerra Mundial ...

Vou até processar a História ...

Cardoso Jardim abusou e foi malcriado!

O deputado do PND abusou ao apelidar práticas monolíticas e prepotentes, de serem executadas por fascistas.

Contudo, sabemos como a linguagem popular vulgarizou a palavra fascista.

Como também conhecemos a linguagem hipócrita dos parlamentos: - Vossa Excelência devia ter vergonha na cara ... (Deputado Coito Pita para o deputado Martins Júnior)

Particularmente, sinto-me muito mais ofendido, quando, o Presidente dos deputados nacionais, vai à Madeira, apontar Cardoso Jardim como um "exemplo supremo da vida democrática".

Prefiro que me chamem, ou melhor, me voltem a chamar ... "colonialista", que é uma espécie de fascista em terra alheia!

Amuos por divergências salutares




É legítimo? - É!

É significativo? - Não!


Questionado pelos jornalistas sobre o motivo pelo qual a proposta não foi apresentada, Jorge Lacão remeteu para a bancada do PS. Questionado pelo PÚBLICO sobre se o Governo concordou com a não apresentação da proposta, Afonso Candal remeteu a resposta para o Executivo.


É legítimo? - Não, é falta de respeito para com os eleitores.

É significativo? - É. Afinal a legitimidade de haver pontos de vista diferentes, entre pessoas diferentes do mesmo partido, não é assumida e muito menos, bem digerida!

05/11/08

Não é estúpido saber viver em comunidade

Estamos a adaptarmo-nos...


Pense nisso




O salário é um direito, não é uma sobra dos lucros

A vitória do benefício da dúvida

OBAMA é o homem que vai entrar nas nossas vidas.


A Democracia marcou pontos nesta longa caminhada para um futuro decente para os povos da Terra.

Tão só porque os herdeiros daqueles que entraram na América pela porta dos fundos, tiveram, finalmente, uma mensagem de sincera libertação.

Tão só porque na importante relação dos USA com o resto do Mundo, as reacções foram de satisfação, de esperança ou, pelo menos, de benefício da dúvida.

Mesmo aqueles que hipocritamente o felicitaram com um "Dear Obama", ficarão presos à sua hipocrisia.



"Este país não é para velhos", principalmente para velhas ideias.







"Danças com lobos" e a questão é se entras na dança ou se os lobos entram no teu ritmo.
O Mundo deu um passo em frente, o problema é o passo seguinte...

04/11/08

O último reduto...


Do alto do seu Forte de S. José ou do seu Principado, conforme os pontos de vista, o Príncipe D. Renato dispara em várias direcções, fazendo valer os seus direitos.


O Presidente das comemorações dos 500 anos da cidade do Funchal, usurpou áreas do seu Principado - uma flechada de uma queixa-crime.


O Presidente da Repsol esventra o seu Forte com condutas - uma rajada de pedido de satisfações


A Administração dos Portos da Madeira colocou uma barreira de acesso ao molhe-cais (não ao Molhe-restaurante, livra...) - uma pedrada ao IPTM, tendo em vista exercer os mesmos direitos que o seu poderoso vizinho.

Honorável Príncipe, continue a verter azeite quente sobre aqueles que quiserem derrubar os seus direitos!

Não há ministros a iludir os portugueses, há é telefonistas incompetentes

Operações clandestinas num balcão virtual no valor de centenas de milhões de euros


12 de Outubro de 2008:



3 de Novembro de 2008:

Dias Loureiro, que foi administrador do banco entre 2001 e 2005, diz desconhecer qualquer irregularidade cometida durante a gestão de Oliveira e Costa


4 de Novembro de 2008:



Durante Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro:

- Alô, Teixeira dos Santos, era para te dizer...alô...estamos com interferências...para o mês que vem tento novamente...vou despedir a telefonista...

Obama versus McCain, uma geração de diferença


Avó de Obama morre na véspera das eleições.

Foi a morte de uma pessoa e seria hipocrisia dizer que me merece mais respeito do que as milhares de pessoas que morrem diariamente no mundo.

Contudo, tal facto pode ter constituído o elemento necessário para os indecisos optarem pela "vítima", por aquele que sofre, pelo que demonstra estar sujeito, como simples mortal, às leis divinas.

À boa maneira de Hollywood!

Escreve-se bem por linhas "à americana"...


Destas palavras não se poderá concluir que a previsível e consequente derrota de McCain, seja culpa da sua mãezinha de 96 anos, manter-se teimosamente viva.

03/11/08

Ministro dispara sobre militares, barricado pela comunicação social


O Ministro da Defesa, lamentou ontem na RTP o facto do descontentamento dos militares face à reforma do sector ter saltado para a praça pública sem que a questão lhe tivesse sido colocada.

Espantosa a forma como a hipocrisia entra com esta facilidade nos argumentos de um Ministro

Basta fazer uma breve passagem pelo site da AOFA, para nos inteirarmos das frustrações desta Associação em fazer chegar os seus argumentos ao Sr. Ministro, Secretário de Estado e assessores.

Mas, muito mais grave, é o incumprimento da Lei Organica nº 3/2001, de 29 de Agosto, que estipula o direito das Associações em serem ouvidas:



Serem ouvidas! Nem seria preciso tomar a iniciativa, deveriam ser convocadas!


Ou será que no processo em curso de reestruturação das Forças Armadas, o tema é tão sigiloso que "aconselha" a que não se cumpra a Lei.


A acusação do Sr. Ministro vai ser repetida de café em café, de casa em casa.


Os previlégios dos Oficiais Generais, são oportunamente colocados nas páginas do Correio da Manhã, como se os generais que gerem a economia e a especulação deste país, não se rissem dessas "mordomias". E como se as F.A. portuguesas fossem apenas constituídas por pelotões de generais e almirantes, apoiados por alguns "servidores".


Estas F. A. precisam de uma profunda reestruturação. Talvez determinados responsáveis das F.A. se tenham egoisticamente acomodado, previligiando os seus objectivos de carreira e tenham ficado à espera que a reestruturação fosse feita de fora para dentro.


Em termos de direitos e deveres, foi, em tempos, efectuado um estudo que estabelecia uma comparação dos militares com outras classes profissionais. Não sei se esse estudo precisa de ser actualizado, mas as limitações revindicativas dos militares, com estatuto totalmente dependente de um critério político que tende a esquecer o elo mais fraco da luta revindicativa, implicam critérios objectivos que as situem, justamente, no quadro de outras profissões de referência.


Porque, ao contrário do que muitos pensam, outros ameaçam e alguns receiam, as armas não fortalecem qualquer corporação. Mesmo nesta democracia.






01/11/08

EU


Uma rápida passagem pelos comentários à notícia sobre o descontentamento militar dos jornais Correio da Manhã e Público:


Mudem de profissão,se não estão bem

Esses parasitas com reformas de oiro

As suas chefias só olham pelos seus interesses

Para que é o Exército, para defender o quê?

Se foram os militares a criar o problema, também deverão ser ser eles a resolvê-lo !

Depois de Olivença ñ precisamos de FA.

Que mudem de emprego, as mordomias acabaram

Luvas chorudas e outras alcavalas

No tempo em que defendiam o regime Salazarista e descarregavam com fúria no Zé Povinho

Loureiro dos Santos para Pres. da República, é o único tacho que lhe fala

A maior parte, nada produz e só são uma esponja que serve para ensopar dinheiro

Se forem aumentados 20% como o governo parece estar disposto a dar-lhes

Se fosse aqui ao lado( Espanha ) estes insolentes, eram processados,e se fosse nos USA,eram presos.

Para que servem?


A raiva e o rancor com as F.A. não pode ser simplesmente explicado pelo saudosismo do antigo regime, "traído" pelos militares de Abril.

Também não pode ser só desinformação, originada na ignorância ou em campanhas do governo.


As críticas à opção por estas F.A. ou à atitude pública dos militares, são perfeitamente legítimas. Eu próprio terei uma opinião que difere da corrente vigente. Saudavelmente!


Contudo, a explicação para esta raiva primária contra um sector da sociedade,

legitimada pela Constituição,

constituída por homens e mulheres comuns,

desesperadamente aberta à entrada de novos elementos,

com direitos e deveres aprovados pelos representantes do povo,


terá de ser encontrada na perspectiva egoísta de prescindir de grupos profissionais que não contribuam directamente para o seu bem estar económico ou para a defesa do seu património (forças de segurança)


Manifestar-se-ão contra o subsídio de actividades culturais, mesmo que o seu problema seja cultural

Manifestar-se-ão contra o subsídio da investigação científica, porque o processo lento a ela inerente poderá já não os atingir

Manifestar-se-ão contra as medidas de protecção do ambiente, porque quem vier a seguir que se amanhe.


Sofrerão se o Ronaldo não for o melhor do mundo e gritarão "A Portuguesa" para incentivar uns jovens futebolistas, aprendizes de milionários.

Porque um homem não vive só de coisas materiais...


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A vitória do Ponto e Vírgula

Ressuscitemos a célebre exclamação - "Isso agora, ponto e vírgula".
Esta frase de cariz popular, representava uma forma simbólica de dizer que levantava muitas objecções e exigia explicações a algo que lhe merecia desconfiança.
Regresse o "ponto e vírgula" como forma de dizer BASTA!

Apareçam sempre por aqui!

Na dita Madeira profunda

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Bela homenagem (Março 2004)